Entidade vai representar contra delegada à Corregedoria por não ter feito flagrante. Seccional não se manifesta

A ONG Spaddes denunciou na polícia mais um caso de maus tratos contra animais. Desta vez ocorreu em Garça. O caso foi parar na Central de Polícia Judiciária de Marília, onde a delegada de plantão decidiu liberar o acusado. Por isso, a entidade pretende fazer uma representação junto à Corregedoria, por prevaricação

A ONG informou que esteve no local, acompanhada da PM, após diversas denúncias.

O dono do imóvel autorizou a entrada sendo encontrados dois cães "extremamente caquéticos, sem assistência médica veterinária e sem alimentação", segundo a entidade.

O proprietário negou que estivessem doentes ou em situação de maus tratos, embora na casa havia apenas um pote com água e sem nenhum com comida. Ele foi preso pela Polícia Militar e encaminhado à CPJ em Marília.

Denúncia de prevaricação

O caso já estava seguindo a rotina de trabalho da ONG, mas acabou se complicando. A entidade denunciou que na CPJ o homem acabou sendo liberado antes mesmo da chegada dos representantes da Spades.

Isso porque a delegada de plantão "decidiu não fazer a lavratura do flagrante, bem como não fez a oitiva dos representantes da ong, não verificou o laudo médico veterinário, fotos da situação dos animais, e ainda informou que os animais teriam que ser devolvidos ao proprietário", diz a nota da ONG.

Foi elaborado apenas um boletim de ocorrência para que a Polícia Civil de Garça prossiga nas investigações. "A ong Spaddes lamenta esse episódio triste onde os animais tiveram que ser devolvidos ao dono, a ong também informa que vai encaminhar a conduta da delegada para corregedoria da Polícia Civil", anuncia a entidade

Sem manifestação 

O delegado Seccional de Marília, Wilson Frazão, informou na manhã desta sexta-feira que Polícia Civil não vai vai se manifestar sobre o caso.

Quanto a denúncia à corregedoria, ele explicou que é um órgão independente e que apura todos os casos denunciados por entidades ou cidadãos.