Saúde suspeita que motivo seria demora dos pacientes em procurar por atendimento médico, mesmo com os sintomas. 

Um levantamento divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde mostra que as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) dos hospitais de Marília, destinadas ao tratamento de pacientes com Covid-19, estão se mantendo há cerca de uma semana acima dos 70% de ocupação.

A principal suspeita é de que as pessoas só estão procurando atendimento quando a situação encontra-se mais grave. A cidade atingiu nesta quinta-feira um total de 25 morte.

O levantamento envolve o Hospital das Clínicas, Hospital Beneficente Unimar e Santa Casa, com pacientes de Marília e região. Dos 189 leitos disponíveis (entre UTI e Clínicos), 75 estão ocupados, ou seja, cerca de 40% (desse total, 57 pacientes são de Marília).

Já em relação aos leitos clínicos (portanto de pacientes em condições melhores de saúde), a situação é bem mais tranquila: dos 119 leitos, apenas 24 estão ocupados (24%). O problema é grave com relação aos leitos de UTI: dos 71 existentes, 51 estão ocupados, numa taxa de 72,86%. 

O secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Junior (foto/arquivo), suspeita que a grande ocupação de leitos de UTI está ocorrendo porque as pessoas estão procurando tardiamente as unidades de saúde para fazer os testes e iniciar o tratamento.

"Logo nos primeiros sintomas é preciso que a pessoa procure as unidades e não esperar que a situação se agrave", observou. Os sintomas mais comuns são: febre, tosse seca e cansaço. 

Mais uma morte

Nesta quinta-feira, a Prefeitura confirmou a 25ª morte por Covid-19 em Marília. A vítima é um homem de 79 anos. Ele teve início dos sintomas no dia 2 de agosto e procurou pelo serviço de saúde do PA Sul.

O paciente, que era obeso, foi internado no dia 6 de agosto no Hospital Beneficente Unimar (HBU), onde coletou amostra para exame no mesmo dia, com resultado positivo para Covid-19 confirmado no dia 11. O idoso morreu na quarta-feira.

O boletim confirma ainda mais 42 testes positivos da doença e a cidade chega a 1.585 casos confirmados desde o início da pandemia. Desse total, 156 pessoas ainda estão em fase de transmissão do vírus e 1.404 já são consideradas curadas. Há ainda 519 exames aguardando resultado.