O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento emitiu um alerta sobre uma nuvem de gafanhotos que estava deixando a Argentina e avançava na direção de Uruguai e Brasil.
O ministério alertou as superintendências federais de agricultura e os órgãos estaduais de defesa agropecuária para que também tomem as medidas necessárias para acompanhar a nuvem e orientar os agricultores da região, especialmente no Rio Grande do Sul.
De onde veio a nuvem? Os insetos chegaram à Argentina a partir do Paraguai, onde destruíram lavouras de milho.

A praga entrou na Argentina em 21 de maio, mas logo retornou ao Paraguai e permaneceu no país por uma semana antes de voltar ao território argentino. As Províncias argentinas de Santa Fé, Formosa e Chaco foram as mais atingidas até agora.
Os gafanhotos são perigosos?
De acordo com o governo brasileiro, essa praga existe no Brasil desde o século 19. Embora seja uma praga rural, ela pode tornar-se urbana, chegando a vilas e cidades.
Mas estes insetos não afetam a saúde humana ou de animais, porque se alimentam apenas de material vegetal e não são vetor de nenhum tipo de doença.

No entanto, os gafanhotos podem afetar a atividade agrícola, e, indiretamente, a pecuária, porque os insetos se alimentam de recursos usados nesta atividade. Pode haver 40 milhões de gafanhotos em cerca de 1 km².
Eles consomem em um dia o equivalente a consumo alimentar de 2 mil vacas ou 350 mil pessoas.
O controle da nuvem é muito complexo, segundo o governo argentino, porque os gafanhotos têm uma grande capacidade de voo. São uma praga migratória que pode viajar até 150 km em um único dia.
A nuvem se move ao longo do dia e se acomoda tarde da noite. Então, o intervalo de tempo em que é possível tomar medidas de controle da praga é curto e ocorre quando há pouca visibilidade. Uma medida comum é usar pesticidas para evitar que os insetos se unam e se reproduzam.
Os motivos da proliferação nas últimas semanas desta praga na região ainda estão sendo estudados por especialistas.

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