Novo tipo de golpe com inteligência artificial usa sua voz e dados contra você

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Em um cenário de avanços tecnológicos acelerados, a inteligência artificial (IA) tem transformado positivamente diversos setores, desde a medicina até a comunicação. No entanto, essa mesma tecnologia também tem sido usada por criminosos para aplicar golpes cada vez mais sofisticados, difíceis de detectar e com consequências devastadoras para as vítimas.

Especialistas alertam que a combinação entre IA generativa e técnicas tradicionais de engenharia social criou um ambiente ideal para a proliferação de fraudes, principalmente no ambiente digital e por telefone.

Golpes de voz clonada

Um dos tipos de golpe que mais cresceu nos últimos meses é o da clonagem de voz. Com poucos segundos de áudio capturado (muitas vezes retirado de vídeos em redes sociais ou áudios enviados por aplicativos de mensagens) criminosos conseguem criar cópias realistas da voz de uma pessoa.

Essas vozes são usadas em chamadas falsas para familiares, amigos ou até instituições financeiras.

Em muitos casos, pais e mães recebem ligações de supostos filhos em pânico, pedindo dinheiro com urgência por estarem “em perigo”. A voz soa convincente, e o desespero emocional aumenta a chance de a vítima cair no golpe.

Deepfakes e falsificação de imagem

Outro recurso cada vez mais utilizado é o deepfake, técnica que permite criar vídeos falsos com rostos e expressões realistas. Em um golpe recente registrado na Ásia, um executivo transferiu milhões de dólares após participar de uma videochamada com pessoas que pareciam ser seus colegas de trabalho — mas eram, na verdade, avatares gerados por IA.

No Brasil, ainda são raros os casos confirmados com uso de deepfake em vídeo, mas especialistas alertam que o país já registra tentativas semelhantes, especialmente em fraudes corporativas e golpes de investimentos.

Golpes por telefone

Apesar da sofisticação das novas tecnologias, o telefone ainda é a principal ferramenta de abordagem usada pelos criminosos. Isso porque a ligação é universal: qualquer pessoa, de qualquer idade ou classe social, pode ser alcançada com uma simples chamada.

Ao combinar a IA com a abordagem direta por telefone, os golpistas criam um ambiente de urgência e confusão, levando a vítima a fornecer senhas, códigos de autenticação ou dados bancários sem perceber o risco.

Como se proteger

Com golpes cada vez mais convincentes, é essencial adotar medidas preventivas para não cair em armadilhas. Veja algumas orientações:

  • Desconfie de ligações urgentes, mesmo que reconheça a voz. Se possível, desligue e ligue de volta diretamente para a pessoa, usando um número conhecido;
  • Nunca forneça senhas, códigos de verificação ou dados bancários por telefone, mesmo que o interlocutor pareça ser de uma instituição financeira;
  • Ative a verificação em duas etapas em todos os serviços digitais possíveis, especialmente nos bancos e nas redes sociais;
  • Evite publicar áudios ou vídeos com sua voz em ambientes públicos e, se possível, restrinja as configurações de privacidade;
  • Oriente familiares e idosos, que costumam ser alvos preferenciais, sobre a existência desse tipo de golpe.

O que fazer se for vítima?

Caso perceba que caiu em um golpe, o mais importante é agir rapidamente:

  • Comunique imediatamente seu banco e bloqueie o cartão ou conta;
  • Registre um boletim de ocorrência em uma delegacia física ou na Delegacia
  • Virtual;
  • Notifique amigos e familiares, para evitar que eles também sejam enganados;
  • Procure orientação jurídica e psicológica, se necessário.
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