Homenagem foi ao ex-coronel Erasmo Dias que ordenou a invasão da PUC e prisão de quase 900 estudantes.

A homenagem ex-coronel do Exército Erasmo Dias ao entroncamento de duas rodovias em Paraguaçu Paulista (a 80 km de Marília), cidade onde o militar nasceu, está causando muita polêmica.

O motivo é a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia deu prazo de cinco dias para que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), prestem esclarecimentos a respeito dessa homenagem.

A decisão de Cármen Lúcia responde a uma ação direta de inconstitucionalidade articulada pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto, núcleo representativo dos estudantes de Direito da PUC-SP, com o apoio de políticos de PDT, PT e PSOL.

Quando esteve à frente da Secretaria da Segurança Pública, Erasmo Dias determinou a invasão da PUC em 1977, durante o 3º Encontro Nacional dos Estudantes, que pretendia restabelecer a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Naquela oportunidade 854 pessoas foram detidas, das quais 92 foram fichadas pelo Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (DEOPS) na ocasião.

Entre os participantes, 42 foram processados por subversão, com base na Lei se Segurança Nacional.