Cerca de 60% das mulheres chegam ao hospital com o câncer diagnosticado ainda no estágio inicial, é o que revela levantamento do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), ligado a Secretaria de Estado da Saúde e a Faculdade de Medicina da USP.

O estudo, divulgado no mês destinado a conscientização e combate ao câncer de mama, analisou atendimentos realizados durante um período de cinco anos, totalizando mais de 4 mil pacientes.

De acordo com a oncologista Laura Testa, o diagnóstico precoce permite tratamentos mais eficazes e menos agressivos. "Nossos números comprovam que as mulheres estão, sim, mais atentas à própria saúde, principalmente pela facilidade de acesso a informação e à prevenção, mas quando comparamos com as estimativas de países mais desenvolvidos, em que 80% dos casos são diagnosticados precocemente, percebemos que ainda há muito para avançar."

No Icesp, o grupo de Mastologia realiza mais de 1,2 mil atendimentos por mês, entre consultas médicas e cirurgias.

Primeiros sinais - É importante que as pacientes, ao notar qualquer mudança no corpo, procurem ajuda médica. A realização de exames de rotina, como a mamografia, ajudam a rastrear lesões pré-malignas ou mesmo o câncer no início e é recomendada a todas as mulheres com mais de 50 anos, ou antes, dependendo dos fatores de risco e da indicação médica. 

Números da doença no Brasil - O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as mulheres. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), corresponde a 25% dos novos casos de tumores por ano, representando uma estimativa de mais de 57 mil novos casos somente em 2015. Fonte: Governo do Estado.