"Eu arrisquei a minha vida para ficar com esta criança". A afirmação é da funcionária pública municipal, Mônica Clesqui, de 29 anos, que está internada no Hospital Materno-
Infantil em Marília, após dar a luz a um menino, mas vive um drama: não sabe se vai conseguir levar o seu filho para casa. O motivo é que ela aceitou emprestar o seu útero para um casal de Blumenau (SC) que agora teria obtido uma liminar na justiça para ficar como guarda provisória do recém-nascido.
"Mãe e criança passam bem. Não podemos falar mais nada além disso porque o caso segue em segredo de justiça", informou a assessoria de imprensa do hospital. Mônica procou a reportagem do portal Visão Notícias para revelar o caso e vive o drama de não poder sequer ver o seu filho após o parto.
Diálogo de Mônica com o casal.
COMO COMEÇOU - Mônica que mora na cidade de Arco Iris (vizinha a Tupã) disse que, após separação, tinha intenção de reverter uma laqueadura (possibilitaria ter filhos novamente) e ficou sabendo através de uma amiga que havia um casal interessado em conseguir um útero para gerar um filho que eles não poderiam ter. Pelas redes sociais, foi mantido diálogo e acertou detalhes para fazer a inseminação "in vitro", sendo confirmada gravidez de gêmeos.
A moça garante que nunca pediu dinheiro, ficando acertado apenas que o casal iria ajudar durante os nove meses de gestação, com alimentação, medicações e também acompanhamento médico. Ela afirma que na sétima semana passou a ter problemas de saúde, sofrendo aborto de uma das crianças.
Afirma que no começo o casal catarinense até ajudou, mas depois diz que eles teriam até sugerido interromper a gestação. Ela garante que não aceitou e, mesmo diante de muitos problemas, manteve a gravidez até o final, sendo transferida para Marília devido aos seus problemas de saúde.
NASCIMENTO - O bebê nasceu nesta semana no Hospital Materno-Infantil em Marília e, para sua surpresa, casal ficou sabendo e teria obtido liminar e ficado com a guarda da criança, impedindo a mãe de vê-la após o parto.
Mônica disse que chegou a prestar depoimento com um juiz e promotor, ainda no hospital. O seu medo agora é não poder ficar com a criança. O caso permanece sob análise da justiça.
O portal Visão Notícias manteve contato com o casal envolvido, mas até agora (17h45) não houve resposta em nossas mensagens.
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