Mulher é chicoteada com fio elétrico pelo marido

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Ela foi espancada no mesmo dia em que teve alta após primeira agressão: 'Medo de morrer'

A violência contra a mulher muitas vezes chega a situações absurdas, como aconteceu em São José do Rio Preto. Após receber alta hospitalar da primeira agressão, ocorrida há 10 dias, a vítima, de 37 anos, foi novamente espancada pelo companheiro, sofrendo golpes de garrafa, chicotadas de fio elétrico, tapas e chutes. Ela voltou a ser internada e o agressor fugiu.

A mulher faz parte de uma triste estatística: uma ameaça contra a mulher foi registrada a cada cinco minutos no estado de São Paulo, segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública. Os casos de feminicídio tiveram aumento de 15,89%, de 2023 para 2024.

Os números não só refletem a gravidade dos casos de violência contra a mulher, mas servem ainda como um alerta para todas as autoridades de segurança pública e do sistema de justiça.

Para denunciar uma ameaça, a mulher deve ir à uma delegacia de polícia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência, de preferência a delegacias de defesa da mulher; ou ligar para os telefones 180 (central de atendimento à mulher) ou 190 (Polícia Militar).

Violência extrema

No caso registrado em Rio Preto, a vítima sofreu a primeira violência no dia 30 de abril, quando foi internada. Mas, ao receber alta, no domingo (11), Dia das Mães, voltou para casa. No mesmo dia, foi espancada por ele novamente até a madrugada de segunda-feira (12).

Na ocasião, um vizinho acionou a Polícia Militar. Internada na Santa Casa com as costelas quebradas, a mulher ficou com hematomas no olho e marcas de esganadura no pescoço. O agressor, de 27 anos, fugiu e ainda não foi localizado pela polícia.

A delegada da Defesa da Mulher, Dalice Ceron, informou que vai determinar que uma equipe de policiais acompanhe a vítima assim que ela tiver alta do hospital. 

O objetivo é evitar que ela sofra um novo ataque do agressor, além de pedir medida protetiva à justiça. O caso foi registrado como lesão corporal e violência doméstica na DDM. Informações: G-1.

Medo de morrer

O desespero da vítima é grande. Mãe de quatro filhos, ela tem medo de morrer:

"Tenho muito medo de morrer, estou no meu limite. Pedi ajuda para minha mãe, que tem a vidinha dela lá, ao ponto de ter que pedir ajuda, porque eu não consigo sair. Não mereço esse tipo de coisa, apanhar o tempo todo. Não sou esse tipo de pessoa. Minha vida é uma tortura".


 


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