As imagens das inundações no centro de Moçambique causadas pelo ciclone Idai mostram casas alagadas até o teto e pessoas se agarrando a qualquer coisa para se salvar.
A tempestade destruiu Beira, a segunda maior cidade de Moçambique, localizada no litoral, avançou pelo continente e deixou mais de 700 mortos em três países e milhares de desabrigados.
A história de Amélia, mãe solteira, foi apenas um desses casos dramáticos. Para sobreviverem à enxurrada, ela e seu filho de dois anos subiram em uma árvore.
Grávida, Amélia esperava ajuda de vizinhos ou de alguma autoridade. Mas seu bebê Sara não teve tempo e nasceu ali mesmo. Amélia deu à luz enquanto se segurava nos galhos de uma mangueira.
A família foi resgatada dois dias depois por outros moradores. "Estava em casa com meu filho de dois anos quando, de repente, sem aviso, a água começou a entrar", contou ela à Unicef, agência da ONU para a infância. "Eu não tive escolha, e subi na árvore. Estava sozinha com meu filho."

Amélia e sua família, agora ampliada com a menina Sara, estão abrigadas em um alojamento temporário no entorno da cidade de Dombe, na região central de Moçambique. Eles passam bem, segundo relatórios médicos divulgados recentemente.
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