MP denuncia ex-mulher de dono de motel acusado de matar funcionário em Marília

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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou a policial militar Adriana Luiza da Silva por suposta adulteração de cena de crime no caso do assassinato de Daniel Ricardo da Silva. O ex-marido dela, o coronel da PM aposentado e dono do motel em Marília onde ocorreu o crime, Dhaubian Braga, é acusado do assassinato.

Segundo a promotoria, após a morte de Daniel, que era funcionário do motel, Adriana “ingressou na cena do crime e retirou o celular da vítima do local marcado pela perícia antes da devida arrecadação técnica”.

Consta na denúncia contra ela, apresentada nesta terça-feira (13) e ainda sem análise pela Justiça, que Adriana supostamente “inovou artificiosamente, com o fim de produzir efeito em processo penal não iniciado, o estado de coisa, com o fim de induzir a erro o juiz e o perito”.

A denúncia pede a condenação de Adriana por “fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral”, crime com pena prevista de dois a quatro anos e multa.

Adriana foi denunciada pelo MP-SP um dia após recursar um acordo com a Justiça que poderia evitar uma ação criminal contra ela.

A proposta da promotoria, rejeitada por ela, previa a confissão integral de que realmente adulterou a cena do crime, além de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de três meses e pagamento de um salário mínimo.

 

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Laudo indica que funcionário morto em motel de Marília foi baleado pelas costas por patrão; coronel aposentado da PM Dhaubian Braga Brauioto Barbosa — Foto: Arquivo pessoal e Polícia Civil

Reconstitui??o ? realizado no local do crime em Mar?lia  ? Foto: Leonardo Moreno

A reconstituição foi solicitada pela Justiça e teve a participação do coronel aposentado. O objetivo foi esclarecer a dinâmica do crime que também foi registrado por câmeras de segurança do motel

Relembre o caso

O crime foi no dia 31 de outubro de 2021, quando a vítima chegava para trabalhar na manhã de domingo. Daniel foi atingido por três tiros. Quando a polícia chegou ao local, o acusado não estava mais e o funcionário foi encontrado sem vida.

Segundo a Polícia Civil, a arma apreendida no dia crime é da PM e de uso pessoal da ex-mulher do réu. No entanto, diz a polícia, não há indícios de que essa arma foi ou estivesse sendo utilizada pela vítima.

Um dia antes do coronel se apresentar no dia 3 de novembro de 2021, a equipe da delegacia de Investigações Gerais (DIG), responsável pelas apurações do caso, encontrou um "arsenal" na casa de Dhaubian. Diversas armas foram apreendidas, entre elas um fuzil. (com informação G1)

 

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