O motorista de aplicativo que transportou a mulher suspeita de levar Paulo Roberto Braga, 68, já morto para sacar um empréstimo em um banco na última terça-feira (16) em Bangu, zona oeste do Rio, disse hoje em depoimento que o homem estava vivo durante o trajeto.
O que aconteceu
"Ele chegou a segurar na porta do carro", disse o motorista. Segundo ele, o episódio ocorreu no momento do desembarque do veículo, no estacionamento de um shopping no bairro. Em seguida, Érika de Souza Vieira Nunes, 43, o colocou em uma cadeira de rodas.
Idoso e mulher não foram deixados na agência bancária, segundo o motorista, porque o acesso de veículos é proibido no local. Foi quando Erika pediu para que o motorista encerrasse a corrida no shopping.
Mulher contou com ajuda de outro homem para colocar idoso em veículo ao sair da casa dele, segundo o condutor do carro. Ele disse, ainda, que a mulher precisou de ajuda porque o idoso não caminhava.
"Erika o segurava em um braço e o homem em outro", disse. Uma das filhas da mulher também teria ajudado segurando as pernas do idoso, colocado no banco traseiro do veículo.
Rapaz que ajudou a colocar idoso em veiculo também foi ouvido. Ele, que trabalha como mototaxista e conhecia o idoso e Érika, confirmou em depoimento que o homem estava vivo ao ser colocado no carro.
Quando entrei na casa, Paulo estava deitado na cama. Peguei Paulo pelos braços com a ajuda de Erika, e o levei até dentro do carro. Consegui perceber que ele ainda respirava e tinha forças nas mãos.
O que diz o laudo de necropsia
O laudo de exame de necropsia não confirmou se ele morreu antes de chegar ao banco ou no local. O documento afirma não haver "elementos seguros" para afirmar que ele faleceu no "trajeto ou interior da agência bancária, ou se foi levado já cadáver à agência bancária.".
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