Morte de criança na região serve de alerta: cuidado com remédios em casa!

Criança tomou cartela inteira. Especialistas reforçam: guarde medicamentos bem longe das crianças
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A morte de um garotinho de apenas cinco anos no último fim de semana em Ourinhos (a 95 km de Marília), ao tomar meia cartela de remédio antidepressivo da mãe, reforça o alerta de especialistas: onde você guarda os medicamentos na sua casa? Está bem longe do alcance do seu filho?

Entre os remédios mais comuns tomados pelas crianças estavam analgésicos, aqueles para dormir e outros para problemas cardiovasculares. Outro dado do estudo mostrou que em casa e na casa de amigos e parentes eram os locais onde elas encontravam os remédios com facilidade, como nos balcões da cozinha, cômodas e criados-mudos.

No caso ocorrido em Ourinhos, a criança foi sepultada no feriado de segunda-feira (12). A Mãe contou que estava organizando a caixa de remédios e não percebeu quando o menino pegou a cartela. O garotinho começou a estremecer e ter convulsões, a mãe achou era fome e deu leite, o que piorou o quadro. Diante da situação o garoto foi levado até a Santa Casa onde foram feitas todas as tentativas para salvá-lo, mas a criança não resistiu e morreu.

ORIENTAÇÕES - Segundo o SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (um órgão da FioCruz e do Ministério da Saúde), as crianças menores, na faixa de 2 a 3 anos, são as principais vítimas. Um outro exemplo são os xaropes, que tem sabor agradável ao paladar infantil. Se observarmos bem, as embalagens não têm nenhuma proteção.

Quais os principais motivos para a intoxicação?

1) Automedicação! Manter a famosa "farmacinha" (dentro de casa) pode ser perigoso para toda a família. Simplesmente, porque a sobra dos medicamentos utilizados em tratamentos anteriores já constitui um fator de risco para a criança que os encontrar. Portanto, os remédios devem ser mantidos fora do alcance das crianças, e de preferência em locais trancados. Fique de olho também quando for visitar algum amigo ou parente!

2) O erro na administração de remédios é mais comum do que a gente imagina. Então, observe a medida exata do copinho ou use uma seringa dosadora.

3) Contraindicações! O desconhecimento das alergias é uma das causas mais frequentes de intoxicação por remédios. Sempre que o médico perguntar se o seu filho tem alguma alergia, não tenha vergonha se não souber o que é. Peça para o profissional lhe explicar, até você entender completamente o que ele está dizendo.

4) Os pais devem estar atentos para não confundirem a embalagem primária (a capa) do remédio com outros medicamentos de cor e tamanho similares.

5) Lembre-se que "letra de médico" tem fama de ser ilegível. Portanto, saia do consultório com a certeza de que entendeu o nome da substância que seu filho vai tomar. Não se acanhe em refazer a pergunta uma, duas ou três vezes. Pois o farmacêutico não é especialista em caligrafia e, até mesmo ele, poderá confundir o nome exato das substâncias.

6) Por último: o medicamento deve ser tomado sempre com água.

O QUE FAZER?

Se a substância tóxica ingerida estiver entre solventes, querosenes, ácidos ou cáusticos, leve a criança imediatamente a um pronto-socorro. Nunca force o vômito ou use fórmulas caseiras.

Ligue para um dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT) pelo telefone de cobertura nacional - 0800 722 6001. Só assim você poderá receber as orientações adequadas e, na maior parte das vezes, resolver o problema dentre da sua própria casa.

No entanto, se eles concluírem que o caso é mais grave, procure um pronto-socorro e leve os produtos que a criança ingeriu em mãos. Em Marília, deve-se procurar uma das unidades de Pronto Atendimento (zona Norte ou Sul) ou acionar imediatamente o SAMU (192) ou Corpo de Bombeiros (193)

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