Morre cão que ajudou a prender mil pessoas

Marley foi o único cão condecorado pelo comando da Guarda Civil de Tatuí. 'Vou sempre me lembrar dele. Ele ficará na história', afirma Juceil Batista.
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O canil da Guarda Civil Municipal de Tatuí (249 quilômetros de Marília) perdeu um dos seus principais agentes de segurança na última sexta-feira (14): o cão Marley, da raça Golden Retriever. Primeiro e único cachorro condecorado pela corporação no município, Marley trabalhou 10 anos como farejador e ajudou a apreender mais de 50 quilos de drogas e a prender mil pessoas, segundo seu adestrador e guarda municipal Juceil Batista Rodrigues. Entretando, para Juceil, o animal foi mais do que um parceiro, se tornou um amigo.

Juceil conta que desde filhote Marley já se mostrava esperto e corajoso. Ele chegou apenas com três meses no canil da corporação e começou a trabalhar após um ano. O cão trabalhou em ocorrências de tráfico de drogas e ajudou a apreender diversos entorpecentes. “Ele ajudou a apreender, durante todos esses anos, mais de 50 quilos de drogas, entre elas: maconha, cocaína e crack. Além disso, ajudou a prender mil pessoas. Por conta de seu dinamismo, ele foi o primeiro e único cachorro que recebeu condecoração do comandado da Guarda. Foi uma honra tê-lo ao meu lado. Ele era um cachorro diferenciado”, relembra.

Ainda segundo Juceil, Marley era famoso em Tatuí, cidade com cerca de 116 mil habitantes, e chamava a atenção de todos, principalmente das crianças. “Todos amavam ele. Ao mesmo tempo que era dinâmico nas ocorrências de tráfico de drogas, ele era muito meigo e dócil. Por isso, participava dos projetos sociais nas escolas, em eventos de adestramento e as crianças amavam ele”, diz.

Há dois anos Marley estava aposentado e foi para a casa de Juceil, onde passou o tempo com a família do agente. “Com a aposentadoria, o cão farejador sempre vai para a casa de quem o adestrou por conta da proximidade que o animal tem com a pessoa. Ele foi para minha casa e minha esposa e os meus três filhos se apegaram muito nele. Ele fazia parte da minha rotina e todos os dias eu chegava em casa e passeava com ele e meus filhos. Agora, fica um vazio. A sensação de que falta algo."

O guarda ainda ressalta que Marley ficará na história da Guarda Civil e também na história de sua vida. "A gente sabe que os cães não são pra sempre. Mas é claro que queremos que eles fiquem com a gente por mais tempo. Eu queria que o Marley ficasse comigo mais tempo e estava até planejando uma festinha dos 10 anos dele. Ele ficará na história da corporação e na história da minha vida."

Fonte: G1

 

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