Vítima denunciou o caso ao Visão Notícias e registrou boletim de ocorrência.
Uma mensagem por engano, via WhatsApp, acabou se transformando em um crime de racismo contra um homem de 49 anos em Guaimbê, na região de Lins (a 42 km de Marília). Além de registrar o caso na polícia, a vítima procurou o Visão Notícias, apresentando todas as provas e mostrando sua indignação.

A vítima explicou que tinha o número como sendo de um inquilino de sua mãe. A pedido dela, mandou mensagem para perguntar sobre o pagamento de uma conta de água atrasada, inclusive sugerindo que a pessoa fizesse o pix porque em seguida iria mandar o comprovante (recibo).
Mas, o recebedor das mensagens ficou irritado com a "cobrança" e resolveu fazer ataques raciais. A vítima foi chamada de "macaco", "vai comer banana" e "ingrediente de carvão". Além disso, deixou claro que não estava se importando de ser acusado de racismo: "aqui é tropa do racismo".
Crime se enquadra na Lei do Racismo
O homem procurou o Visão Notícias para denunciar o caso e estava indignado com aquela situação, uma vez que cometeu um engano ao cadastrar o número.
"Eu fui mandar uma msg pra minha inquilina idosa sobre uma conta de agua que ela havia solicitado. Aí cometi um erro na hora de salvar seu número e acabei mandando por engano pra outro numero. Aí a pessoa acabou falando sobre todas barbaridades aí", lamentou o homem que trabalha como auxiliar de serviços gerais.
O caso foi registrado na Polícia Civil de Guaimbê (foto) como crime de preconceito de raça ou cor, previsto na Lei nº 7.716/89 (também conhecida como Lei do Racismo).
Esta lei criminaliza atos como discriminação, injúria racial, e a difusão de mensagens que incentivem o preconceito racial. A pena pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa.
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