Um médico, investigado por injúria racial ao filmar um homem negro preso com correntes e algema numa cidade de Goiás, afirmou que o vídeo foi uma “brincadeira” e “como se fosse um filme”. Segundo ele, ele é amigo do rapaz que aparece nas imagens e os dois fizeram o “roteiro” juntos.
A filmagem foi publicada na rede social do profissional e a Polícia Civil recebeu várias denúncias depois que o vídeo viralizou.
O rapaz aparece com os pés acorrentados, as mãos algemadas e até o pescoço preso por um ferro: "Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala", disse o médico enquanto filmava o homem acorrentado.
O homem que aparece acorrentado nas imagens também aparece no segundo vídeo. Ele diz que o médico é "como um pai" e que o "ajuda em tudo".
Segundo o delegado, a filmagem teria sido feita em um colégio na zona rural da cidade. Em outras postagem feitas pelo titular do perfil, é possível ver o médico e o homem conversando em tom de brincadeira.
— Vamos apurar se o fato se trata apenas de uma brincadeira de profundo mau gosto ou de possível prática de constrangimento ilegal ou injúria racial — afirmou o delegado que acompanha o caso.
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