Sete anos após vivenciar um momento de maior dor, ao perder a esposa durante o parto de um casal de gêmeos, o mariliense Gledson Fonseca fez o pré-lançamento do livro "A Vida não Para - a incrível força que nasce no luto". A morte de Keila Roberta da Fonseca, na época com 34 anos, teve repercussão nacional após ter sido divulgada em primeira mão pelo Visão Notícias.

O pré-lançamento vai ocorreu na noite desta segunda-feira, através do seu Instagram (@gledsonfonseca) e no dia 11 de agosto, haverá o lançamento oficial no Teatro Municipal de Marília.
Será um evento social, com entrada de 1 kg de alimento e todo lucro da venda do livro, no dia, revertido à Associação Anjos Guerreiros, da qual ele faz parte.
Gledson explicou que nesse livro procurou contar como superou a dor de perder a esposa e cerca de um ano depois, um dos bebês (Samuel) que não resistiu às sequelas de um parto feito às pressas depois que Keila teve uma parada cardíaca uma semana antes da data prevista para o parto.
Sua irmã, Maria Luiza, hoje com 7 anos, também precisa de cuidados especiais. Tanto que a casa que Gledson mora com a atual esposa, Sueli (com quem garante que foi a responsável por superar todos aqueles momentos difíceis) possui uma estrutura semelhante a uma UTI hospitalar.

"Em nenhum momento tive a pretensão de ensinar alguém a viver o processo de luto. Espero que com o meu testemunho de vida, após toda essa dor que sofri, possa colocar outras pessoas num movimento de reflexão e que elas possam repensar o comportamento do suicídio", afirmou Gledson.
Escrever o livro: momento difícil
Gledson explica que a ideia de transformar toda essa história de vida e de superação em um livro ocorreu após ele receber uma mensagem no seu Facebook de uma mulher do Piauí.
Após assistir a matéria sobre a morte de Keila que saiu no "Fantástico", a mulher desistiu da ideia do suicídio e voltou para a igreja.
O livro, dividido em três movimentos, inicialmente foi uma missão quase impossível. Gledson explica que até o momento em que narra a esperança dele e de Keila para conseguirem engravidar (foram quatro anos de tratamento), tudo seguia bem.

Mas, a partir do momento em que ela teve o problema de saúde e veio a falecer, não conseguia dar sequencia.
Mas, com a ajuda da atual esposa e de uma consultora literária, conseguiu concluir a obra que espera realmente poder ajudar muitas pessoas a superar momentos de dor como a que passou, entre tantas outras situações que levam pessoas a tirar a própria vida.
"Eu entendi que não tinha o direito de engavetar toda essa história. Espero que através do livro possa chegar até onde eu não conseguir, dando meu testemunho de fé em Deus e superação", afirmou.
Como foi a morte de Keila
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De acordo com o Gledson, a gravidez transcorria normalmente até que Keila começou a sentir falta de ar. Ele a levou até um hospital e chegando lá os problemas de saúde dela se agravaram.
Keila sofreu uma primeira parada cardiorrespiratória, onde os médicos decidiram realizar uma cesária de emergência. Keila teve mais quatro paradas e veio a falecer.

Gledson, com ajuda dos familiares, passou a cuidar dos filhos recém-nascidos que apresentaram sequelas. Durante todo esse processo, conheceu sua atual esposa, Sueli, que passou a fazer o papel de mãe num momento de grande desafio.
Um mês após se casarem, o pequeno Samuel acabou não resistindo e faleceu. Hoje o casal cuida da irmãzinha dele, Maria Luiza.

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