A Justiça da Argentina decidiu extraditar cinco brasileiros condenados pelas manifestações do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília e que fugiram para o país vizinho. Apesar dessa decisão judicial, medida ainda precisa ser analisada pelo presidente da Argentina, já que os foragidos solicitaram refúgio no país.
Entre os brasileiros que poderão ser extraditados está o mariliense Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, considerado foragido da Justiça brasileira. Rodrigo faz parte do grupo de 61 brasileiros condenados pelos atos considerados golpistas pelo STF e que estavam foragidos na Argentina. No fim de 2024, a Justiça daquele país já havia determinado a prisão de todos após um pedido do governo brasileiro.
O pedido de extradição poderá se estender por anos até chegar à Casa Rosada. Com isso, decisão final pode caber até mesmo ao sucessor do atual presidente argentino, Javier Milei (aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro).
As defesas dos foragidos ainda podem recorrer da decisão, mas eles seguirão presos. A Suprema Corte da Argentina não tem um prazo determinado para julgar os recursos.
Fuga de Marília
Rodrigo de Freitas Moro Ramalho foi detido durante as manifestações antidemocráticas que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília.
Depois disso, passou a cumprir medidas cautelares em Marília, onde vivia com a mulher e dois filhos. Ele se tornou foragido em abril de 2024, após desligar a bateria da tornozeleira eletrônica e violar as condições da liberdade provisória.
Condenação
Rodrigo de Freitas Moro Ramalho foi condenado a mais de 14 anos de prisão por abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio tombado.
A sentença inclui ainda o pagamento de R$ 30 milhões em danos morais coletivos, de forma solidária com outros réus. A condenação do mariliense já transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso. Informações do G-1.
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