Cynthia Giglioli Camacho, mulher de Marcos Herbas Camacho, o Marcola, informou às autoridades do Ministério da Justiça que o marido, apontado pela polícia como chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), pensa em cometer suicídio.
No e-mail, enviado à Ouvidoria do Depen em 23 de março, Cynthia relata a preocupação com o marido, que está na penitenciária federal de Brasília. Marcola tem penas que somam mais 300 anos de prisão.
Desde que chegou a capital federal, Marcola foi levado em duas ocasiões para fazer exames médicos, sob forte aparato de segurança, em um hospital da cidade.
Cynthia, que é empresária, vive em São Paulo, está casada com Marcola há 13 anos e tem 3 filhos com ele, também demonstra preocupação dela com a saúde do marido por causa da pandemia da covid-19.
Até o envio da mensagem, a doença não havia chegado ao sistema penitenciário, mas cinco dias depois provocava o afastamento de um dos agentes da prisão onde Marcola cumpre pena.
As queixas da mulher de Marcola indicam que ele estava em regras mais rígidas de isolamento antes mesmo de entrar em vigor uma portaria do Depen, publicada em 16 de março.
Na normativa, o órgão restringiu visitas, atendimentos de advogados, atividades educacionais e de trabalho, assistências religiosas e escoltas dos presos, como medida de prevenção e combate ao novo coronavírus.
A empresária reafirma a dificuldade para obter informações básicas sobre o marido. "Não consigo falar com ninguém da unidade, o telefone só toca, ninguém atende, gostaria de saber se ele está bem de saúde, se está saindo pro sol, se está revendo seus livros pra leitura", escreveu na mensagem.
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