Mais três jovens foram mortos. Caso envolve um 'barão' do tráfico do Paraguai.
A faxineira Vanessa Acácio da Silva, moradora na zona Norte de Marília, está realizando uma campanha para conseguir arrecadar dinheiro visando sepultar o corpo do filho que morreu vítima de uma chacina na divida entre o Brasil e o Paraguai. Xilon Henrique Vieira da Silva, de 19 anos, é uma das quatro pessoas executadas por criminosos.
O corpo de Xilon está chegando em Marília no começo desta tarde e o sepultamento está previsto para às 17h, no cemitério municipal de Vera Cruz. Vanessa só ficou sabendo que o filho havia morrido através das notícias na internet.
"Meu filho se mudou para Campo Grande e lá teria arranjado emprego em um atacadão. Mas, depois abandonou o emprego após receber uma proposta", relatou Vanessa em entrevista ao Visão Notícias.
O rapaz não disse qual seria essa proposta, mas ela estava muito preocupada. Ela havia falado com o rapaz no dia anterior a sua execução. Só ficou sabendo através de notícias. Quando adolescente, Xilon foi acusado de matar um homem em Marília.
O custo total do translado do corpo e do sepultamento ficou em cerca de 8 mil reais, mas a família só conseguiu reunir pouco mais de 2 mil reais.
Por isso, está realizando uma campanha pela internet visando arrecadar o restante (R$ 5.800,00). "Preciso muito da ajuda de vocês para poder está velando o meu filho de maneira digna. Por favor, ajude uma mãe em desespero", diz a mensagem.
Execução teria sido vingança
De acordo com o que a Polícia Civil de Ponta Porã/MS, a morte de Xilon Henrique Vieira da Silva e dos outros três colegas (todos jovens - um deles seria de Pompeia - Jonas Wesley Morais Deterfam, de 18 anos), teria sido por vingança pela morte do filho de um barão do tráfico no Paraguai.
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A casa onde os quatro jovens foram assassinados.
Conforme apurado, os quatro jovens mortos seriam suspeitos da execução de Charles Gonzalez, ocorrida em 21 de setembro.
No dia, a vítima estava com dois seguranças, quando foi atacada por quatro elementos, dois dentro de um veículo e dois que desceram, vestindo roupa preta e com o rosto coberto.
Charles era filho Clemencio Gonzales Gimenez, que oficialmente é empresário, mas há anos é apontado como um dos barões do crime organizado no país vizinho.
Equipes da Polícia Nacional do Paraguai também foram enviadas para auxiliar nos trabalhos. (Com informações do G-1)
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