Mãe forjou sequestro do filho para dar criança a um casal

Compartilhe:

Mãe negociou doação da criança pela internet.

 

A mãe do menino de um ano e oito meses que estava desaparecido desde quarta-feira (15) e foi encontrado na noite de quinta (16), forjou o sequestro para ter uma história para contar à família.

 

As informações são da Delegacia de Investigações Gerais de Sorocaba, que esclareceu o caso na manhã desta sexta-feira (17).

 

Segundo a polícia, Kayth Monique Pereira de Souza, de 19 anos, entregou o filho por livre e espontânea vontade a um casal de Bragança Paulista, cidade a 145 quilômetros de distância, alegando não ter condições de sustentá-lo.

 

Na noite de quarta-feira, a mulher acionou a polícia para relatar que seu filho tinha sido sequestrado por um casal na porta de um supermercado.

 

No boletim de ocorrência registrado naquela noite, a mulher relatou que foi dopada pelo casal e deixada em uma praça no Centro da cidade. Ela também afirmou que, minutos depois, quando ainda estava sob efeito do medicamento dado pelos "sequestradores", foi estuprada por um homem ao ser confundida com uma prostituta.

 

De acordo com o delegado responsável pelo caso, a história foi inventada para acobertar a doação do menino, negociada por três meses pela internet.

 

"O casal está na fila de adoção em Bragança Paulista. A mulher postou em uma rede social o seu desejo de ser mãe e contou sua luta para engravidar ou adotar. A jovem de Sorocaba viu a história e prometeu entregar o filho", explica.

 

Kayth chegou até a assinar um termo de concordância com firma reconhecida por um cartório da cidade. O bebê foi entregue ao casal com documentos e roupas.

 

Depois de dar a criança, no entanto, a mãe se desesperou e resolveu comunicar um falso sequestro, e o estupro, para poder justificar à família o sumiço do filho.

 

O menino está com o Conselho Tutelar até que a Vara de Infância e Juventude decida com quem deve ficar a guarda.

 

O casal de Bragança Paulista não tem antecedentes criminais e "agiu de boa fé, pela vontade de ter um filho".

 

Eles [o casal] foram pegos de surpresa quando a policia chegou na casa deles, porque acreditavam que o documento que a mãe assinou, com firma reconhecida, seria suficiente para adotarem oficialmente o menino.


A mãe da criança irá responder em liberdade por falsa comunicação de crime, por conta da história que inventou à polícia para justificar o sumiço do filho e, também, se comprovado pagamento pela criança, de acordo com o Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA), por promessa de menor mediante a recompensa.

 

Fonte G1 (Foto: Natália de Oliveira/ G1)

 

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288

Desenvolvido por StrikeOn.