Moradora de São José do Rio Preto, Solange Cristina Ferreira, de 41 anos, viu a filha perder a batalha para o novo coronavírus em agosto do ano passado. Lauane Cristina Ferreira de Moraes ficou 48 dias internada.
“A doença foi paralisando o corpo todo dela. Os médicos me diziam que o pulmão dela estava esfarelando e ficando como uma bucha de lavar louças. Foi um choque muito grande quando recebi a notícia da morte da minha filha. Ela não tinha nenhuma comorbidade. Era totalmente saudável”, desabafa.
A auxiliar de limpeza conta que Lauane morou um ano e três meses em Londres. No entanto, decidiu voltar para o Brasil em 3 de junho. Dez dias depois de chegar ao município do interior de São Paulo, a jovem começou a apresentar sintomas associados à Covid-19 e resolveu procurar ajuda.
Acreditando que estava com dengue, Lauane retornou para a casa, mas começou a sentir falta de ar e, em seguida, dificuldades para se comunicar e foi para o Hospital de Base, onde foi entubada instantaneamente.
“Minha filha ficou 48 dias internada, lutando contra a doença. Ela morreu em 23 de agosto. Minha vida nunca mais foi a mesma. Estou com pressão alta. Choro praticamente todos os dias. Queria que ela me enterrasse. Não ao contrário”, afirma.
“Ela era uma menina encantadora e batalhadora. Tinha comprado uma casa, móveis, carro, tudo. Ela começou a trabalhar muito cedo. Filha de mãe solteira, ela se virou a vida inteira”, completa.
MIL MORTES. São José do Rio Preto atingiu, na manhã de quinta-feira (21), a marca de 1.002 mortes provocadas pelo novo coronavírus, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Saúde.
A cidade, considerada a maior da região noroeste paulista, com mais de 460 mil habitantes, registrou o primeiro óbito provocado pela Covid-19 em quatro de abril. (Fonte G1)
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