Considerado um dos clubes mais tradicionais do interior, o Marília desistiu oficialmente de disputar a Copa Paulista deste ano. Após a audiência de conciliação com o Ministério Público do Trabalho, que durou quase uma hora e meia, onde participaram o procurador Marcus Vinícius Gonçalves e o presidente do MAC, mediada por um juiz trabalhista, foi firmado o acordo para evitar a extinção do time profissional.

O Ministério Público do Trabalho queria a extinção do Marília do futebol profissional em virtude das dívidas trabalhistas com ex-jogadores e demais funcionários nos últimos 10 anos. Ao todo, são 59 ações trabalhistas que acusam o MAC de não pagar salários, verbas rescisórias, fundo de garantia, férias e 13° salário a jogadores e funcionários. A audiência foi realizada na 1ª Vara do Trabalho de Marília.

O clube já assinou um termo de ajuste de conduta se comprometendo a pagar os acordos trabalhistas, mas os mesmos não são cumpridos, segundo a ação do procurador. Onze itens foram discutidos na audiência e, para evitar a extinção do clube, o presidente do Marília, Antonio Carlos de Souza Vieira (Sojinha) se compromenteu a não disputar campeonatos profissionais, para não aumentar a dívida do time. Com isso, o técnico Edmilson de Jesus, que havia sido contratado há uma semana, foi dispensado.

O MAC ainda terá que pagar todos os direitos trabalhistas em dia. Organizar a contabildade e apresentar os números reais, assinados por contadores. E, se houver o descumprimento de todas essas medidas o MAC fica fora do futebol profissional até 2019 e a justiça irá nomear um interventor para administrar o clube.