'Lockdown' tem apoio de 60% dos brasileiros, diz Datafolha

Compartilhe:




O brasileiro está pessimista com a duração da crise, que afeta o cotidiano de grandes cidades brasileiras desde o fim de março.

Os brasileiros são majoritariamente favoráveis ao "lockdown", o confinamento radical para combater a transmissão do coronavírus, mas têm saído mais de casa em cidades que estão em quarentena devido à pandemia. É o que mostra pesquisa feita pelo Datafolha na segunda (25) e na terça (26), quando foram ouvidos 2.069 adultos por telefone.

Para 60% dos ouvidos, a medida é recomendável. Já 36% são contrários, 2% não souberam responder e 1%, se dizem indiferentes. O "lockdown" foi aplicado sem sucesso prático em lugares como Belém, e vem sendo alvo de discussão em São Paulo.

Os mais ricos, que ganham acima de 10 salários mínimos, são também os mais refratários à ideia: 50% são contra, empatados com 47% a favor. 

O Datafolha mostra que, apesar de apoiar o "lockdown" e manter o apoio à prioridade de permanecer em casa ante a necessidade de ir trabalhar em prol da economia, o brasileiro vem cada vez menos aderindo ao isolamento social. Dizem que se cuidam, mas estão saindo de casa, 35%.

Já aqueles que dizem sair só quando é inevitável seguem sendo o maior grupo, 50%, com estabilidade ante o aferido anteriormente. Mulheres saem menos, e 25% estão na categoria "me cuido, mas saio", ante 46% dos homens. Elas também são mais favoráveis ao confinamento, 68%, enquanto a ideia tem apoio de 52% deles.

Os maiores de 60 anos, teoricamente mais vulneráveis a complicações da Covid-19, são os que mais ficam em casa o tempo todo: 21%. Cresceu também o apoio à ideia de que pessoas que não estejam em grupos de risco devam poder sair, apesar de a doença ter se mostrado bastante democrática no quesito. Agora, são 52% que defendem isso, ante 46% que acham que todos devam ficar isolados para conter o vírus.

Já aqueles que acreditam que seja hora de flexibilizar mais o isolamento vêm crescendo de 18% naquela pesquisa para 28% nesta.

Empresários são os mais contrários a manter as pessoas em casas, mesmo que isso cause mais desemprego: 51%, enquanto 39% deles acham que a prioridade é o isolamento. O "lockdown" é rejeitado por 55% dos empresários, ante 38% que o aprovam. Estudantes estão no outro polo, com 83% de apoio a ficar em casa, enquanto 16% deles querem o relaxamento das regras de quarentena. 

Fonte: Folha De S.Paulo

Receba nossas notícias no seu celular: Clique Aqui.
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288


Desenvolvido por StrikeOn.