Com paralisia cerebral, ele já faz uso de óleo feito à base da planta. "Me mantém ativo", afirma.
Um advogado com paralisia cerebral de Marília conseguiu autorização da Justiça para plantar cannabis (gênero de plantas da maconha), utilizada para tratamento médico. A decisão foi publicada no último dia 8 de julho.
A sentença, da 3ª Vara Criminal de Marília, é um salvo-conduto para que o advogado Lucas Emanuel Ricci Dantas, de 33 anos, não seja preso nem tenha suas plantas apreendidas pela polícia.
O juiz Fabiano da Silva Moreno, que concedeu a liberação, ressaltou que o empresário não pode vender ou ceder a planta, sementes ou derivados da cannabis para consumo ou comercialização por terceiros.
Com a determinação judicial, o advogado poderá não só plantar a cannabis, mas também produzir o óleo à base da planta em modelo associativo - quando o paciente é veiculado a uma associação para produzir o próprio medicamento.
Óleo de cannabis
O advogado possui quadro de paralisia cerebral causada por anóxia de parto (definida como a ausência de oxigênio nas células do recém-nascido) e que resulta em problemas de fala, coordenação motora e espasmos musculares. Lucas também desenvolveu, em 2020, artrose no quadril, acarretando no aumento de suas limitações físicas.
Devido a dores intensas, ele começou a fazer uso contínuo de medicamentos anti-inflamatórios e opioides para amenizar o problema.
No entanto, o advogado só conseguiu aliviar as dores e ter melhora na qualidade de vida, segundo ele, após substituir esses remédios por um óleo feito à base de cannabis medicinal.
Antes da decisão favorável para o cultivo da planta, Lucas já importava o medicamento, depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou, em 2015, a permitir a importação de produtos com princípios ativos extraídos da planta, com prescrição médica.
Desde 2019, a agência reguladora também passou a liberar a venda de produtos com substâncias da cannabis em farmácias. Do G-1.
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