Cabo Taroco é denunciado por portar arma na cintura, mesmo licenciado, e tentar "cobrar" do prefeito questões políticas. PM nega ameaças.

Os advogados do prefeito Daniel Alonso entraram, nesta tarde com representação criminal na Justiça Eleitoral, contra o cabo Renato Taroco que está envolvido num incidente na avenida das Esmeraldas, zona leste da cidade. O caso foi registrado na Polícia Civil e está sendo apurado pela Justiça Eleitoral. Dependendo da decisão, a investigação será feita pela Polícia Federal.

De acordo com vídeos que circulam nas redes sociais, o prefeito Daniel Alonso estava vistoriando melhorias naquela avenida quando o cabo Taroco, candidato a vereador por outra coligação, parou o seu carro e foi ao encontro do chefe do Executivo que chegou a cumprimentá-lo.

Em seguida, as imagens mostram o policial militar questionando questões políticas, inclusive a obra do esgoto.  Ao ser questionado por assessores de Daniel sobre o motivo de estar armado, o cabo Taroco chegou a negar, mas depois disse que tinha autorização. 

Para o prefeito Daniel, o candidato a vereador teria feito intimidações pelo fato de estar com armamento. Depois de alguns minutos, o cabo PM Taroco resolveu deixar o local.

Diante dessa situação, um boletim de ocorrência de "ameaça" foi registrado na Polícia Civil.

O delegado Seccional, Wilson Frazão, informou no final da tarde que encaminhou o caso para a Justiça Eleitoral que vai decidir pela representação - neste caso será apurado pela Polícia Federal.

Além disso, o comando da Polícia Militar também foi notificado para averiguar qual arma que o cabo Taroco estava usando no momento do incidente.

Outro lado

Também no final da tarde, o cabo Taroco divulgou uma nota oficial sobre o caso.

Ele negou que tivesse feito ameaças ao prefeito Daniel Alonso "mas sim, questionamentos com relação à atual gestão dele".

O policial militar admitiu que "ainda que possa ser considerado acintoso ou ostensivo, foi apenas questionamento de um cidadão inconformado com as ilações proferidas pelo candidato a reeleição Daniel Alonso".

No caso de estar armado, afirmou: "o fato de portar arma ou não, é irrelevante dentro do campo de discussão democrática de ideias e projetos, inclusive dos quais o Sr. Daniel Alonso ainda não apresentou. Ficando somente no campo de ataques ao candidato de oposição Abelardo Camarinha".

E acrescentou que "antes de ser policial militar, sou um cidadão, que cumpro meus deveres e estou apenas exigindo meus direitos e explicações enquanto morador do Município de Marília".

Confira o vídeo do incidente: