O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou nesta segunda-feira (6) que "dificilmente" o julgamento que analisa a cassação da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente interino Michel Temer será julgado pela Corte no segundo semestre deste ano.
Segundo Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda há análises de documentos e números e colhimento de provas que vão demandar "algum tempo". "Provavelmente ficará para o próximo ano", explicou o ministro.
Gilmar Mendes participou de um evento em São Paulo promovido pela Internews sobre os desafios e perspectivas para o futuro do Brasil e fez a afirmação quando respondia a perguntas de participantes. "Dificilmente este processo vai ser julgado agora no segundo semestre", afirmou.
A ação contra a chapa foi apresentada pelo PSDB. O partido argumenta que houve abuso de poder político e econômico pela chapa Dilma e Temer durante as eleições de 2014 e que eles tiveram as campanhas financiadas com dinheiro ilegal, desviado da Petrobras. Em abril, o TSE pediu novas perícias e depoimentos, que ainda devem ser juntados ao processo.
Mendes salientou também que há uma discussão sobre como será a continuidade do processo caso o Senado aprove o impeachment de Dilma. A única jurisprudência existente no TSE sobre o tema refere-se à cassação da chapa do ex-governador de Roraima Ottomar Pinto, que morreu durante o mandato.
A ação prosseguiu contra o vice e o tribunal entendeu neste caso que o responsável pela campanha era o titular e para o vice teve um juizo absolutório", afirmou, salientando que cada caso é analisado separadamente.
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