Com o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência por até 180 dias, ao menos três ministros do governo petista investigados na Operação Lava Jato poderão, agora que deixaram a Esplanada dos Ministérios, ter seus inquéritos remetidos para o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos do caso na primeira instância.
Como, até então, eles tinham foro privilegiado, os inquéritos ou pedidos de investigação sobre eles se encontravam no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a relatoria do ministro Teori Zavascki.
Correm o risco de passarem a ser investigados em Curitiba os ex-ministros Edinho Silva (Comunicação), José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) e Ricardo Berzoini (Comunicações). Além deles, há pedido de investigação, ainda não autorizado pelo STF, sobre Jaques Wagner (Chefia de Gabinete).
Todos eles foram citados pelo senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em sua delação premiada. Existe ainda a possibilidade de ser aberta uma investigação sobre Aloizio Mercadante, suspeito de ter oferecido ajuda em troca do silêncio de Delcídio.
Caberá a Teori Zavascki analisar os casos de cada um para decidir se devem passar a ser investigados na primeira instância. Antes de tomar a decisão, o magistrado irá solicitar a opinião do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que conduz as investigações junto ao STF.
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