Inadimplência avança e pressiona orçamento familiar

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Com valor médio de dívida acima do salário mínimo e crescimento das negociações digitais, cenário revela desafios e oportunidades para o setor de crédito
 
A inadimplência continua a crescer de forma preocupante no Brasil, refletindo uma combinação de fatores econômicos e sociais que pressionam o orçamento das famílias.

Com uma inflação que impacta diretamente o custo de vida e uma taxa de desemprego que deve subir nos próximos anos, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para honrar seus compromissos financeiros. Isso é o que mostra o levantamento da plataforma Pagou Fácil, da Paschoalotto.
 
Em 2024, o índice de inadimplência na população adulta alcançou 44,87%, com o valor médio das dívidas superando o salário mínimo.

Esse cenário desafia empresas e instituições financeiras a repensarem suas abordagens para a recuperação de crédito, especialmente diante do aumento das dívidas relacionadas a bens de consumo e serviços essenciais, como água, luz e gás, que ocupam uma parcela crescente da renda dos consumidores.
 
A análise apresentada pela Paschoalotto revela não apenas os principais fatores dessa crise de crédito, mas também aponta para tendências de digitalização que vêm transformando a forma como brasileiros renegociam suas dívidas.

Quem deve mais?
 
A análise por gênero e faixa etária revela uma distribuição equilibrada, com 50,4% dos inadimplentes sendo mulheres e 49,6% homens.

Em comparação ao ano anterior, houve um crescimento de 1,89% no número de inadimplentes, totalizando 72,64 milhões de pessoas em setembro de 2024, um aumento em relação aos 71,23 milhões de 2023.
 
Principais causas

O levantamento identifica as principais fontes de dívida: 28,03% correspondem a bancos e cartões de crédito, 21,77% a serviços essenciais (água, luz e gás), 17,51% a serviços diversos e 10,83% a financeiras.

Esses segmentos representam o maior volume de inadimplência e destacam a necessidade de educação financeira para prevenir o acúmulo de dívidas.
 
Dívidas por segmento e valor médio

Em 2024, o valor médio das dívidas com garantia aumentou para R$ 1.775, em comparação com R$ 1.621 em 2023, enquanto dívidas sem garantia, como cartões de crédito, diminuíram para R$ 270, em comparação com R$ 281 no ano anterior.

No total, o valor médio das dívidas registrou um aumento de 8,73% entre janeiro e setembro de 2024, destacando a alta persistente no valor devido pela população.
 

 

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