Hiperconectividade: afeta o convívio social, aumenta a solidão e leva à depressão na adolescência

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Você tem um filho na pré-adolescência ou na adolescência? Se sim, você já calculou o tempo que ele/ela gasta usando o celular? De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os adolescentes lideram o ranking no uso de celulares e internet. Porém, a hiperconectividade em uma idade tão precoce, em que o cérebro ainda está em desenvolvimento, pode ser mais perigoso do que se imagina.
 
Segundo a neuropsicóloga Thaís Quaranta, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), um dos aspectos mais prejudicados relacionados ao uso excessivo do celular na adolescência é o desenvolvimento das habilidades sociais e afetivas.
 
“A tecnologia tem seus benefícios. Entretanto, o uso excessivo, em uma idade em que o indivíduo ainda está em formação, pode acarretar em problemas na interação social, aumentar a solidão, o risco de desenvolver depressão”.  
 
Vemos no dia a dia são adolescentes que trocam encontros pessoais e deixam de sair para usar as redes sociais. Acabam até mesmo se isolando do próprio convívio familiar para viver numa espécie de mundo “paralelo”.
 
É justamente na adolescência que o convívio social se amplia. Os adolescentes que trocam a vida real pela virtual têm sua capacidade de socialização comprometida e isso irá se refletir, por exemplo, na vida profissional e nos relacionamentos afetivos quando chegarem na vida adulta.   
 
O uso desmedido da tecnologia e sem controle dos pais, pode incentivar o bullying e o acesso a conteúdos inapropriados para menores de idade.  
 
O que os pais devem fazer? 
A família é e sempre deve ser o porto seguro para o adolescente. É preciso encontrar maneiras de estabelecer limites para tudo, não só para o uso das tecnologias. Os pais também precisam dar o exemplo, ou seja, não adianta exigir que o adolescente não use o celular o tempo todo se os pais não largam o aparelho nem para comer.
 
Idade: Se seu (sua) filho (a) tem um perfil e é menor de idade, lembre-se que você é responsável. Tenha acesso ao login e senha e monitore.
Tempo: Estabeleça um tempo por dia para usar o celular, jogar videogame, etc.
Controle: Procure pelo histórico de acessos aos sites que tipo de conteúdo o adolescente acessa.
Portas abertas: A melhor estratégia é você manter com o adolescente uma relação de confiança, respeito e autoridade.
Incentive: Procure incentivar os encontros pessoais com os amigos, com familiares, etc.
Escola: Verifique o andamento escolar, o comportamento e as amizades.
Procure ajuda: Se perceber que a situação está fora do controle, procure um psicólogo.

A tecnologia existe e pode ser usada de forma positiva. Proibir não é o caminho. É preciso ensinar o adolescente a usar de forma consciente e responsável, com limites e regras bem delimitados

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