Por Daniel Alonso*
O governo do PT deu mostras que está disposto a direcionar os recursos produzidos por todos os brasileiros para um destino certo: o ralo. Sim, de nada adiantará a classe produtiva reagir, a classe trabalhadora gerar a força essencial para transformar suores em produtos, serviços e conquistas, se as decisões da macroeconomia continuarem alijadas dos princípios da eficiência.
Princípios essenciais para a manutenção e sobrevivência de qualquer empreendimento da iniciativa privada. De um simples carrinho de cachorro-quente à corporação multinacional com capital aberto na bolsa de valores: se gestão não estiver alinhada com o pessoal que irá carregar o piano e com quem executará as tarefas estratégicas, o destino é o ralo.
Será para lá que os recursos acabarão indo e não para o custeio da saúde básica, do atendimento de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS), para a preservação das estradas e outros modais da logística, ou para a ampliação de vagas em cursos estratégicos para o Brasil, como Medicina, Engenharias e qualificações técnicas ou profissionalizantes.
A competividade brasileira ainda patina e isso ocorre pelo fato da classe produtiva, formada por empreendedores, profissionais e empresários, esbarrar em entraves provocados pelo governo. Leia-se excessiva carga tributária, infraestrutura inadequada, taxas elevadas, impostos caros, burocracia sem fim e, notoriamente como ficou escancarado na Operação Lava-Jatos, a recorrência de atos de corrupção em várias esferas públicas.
Do mesmo modo que a gestão privada, em situações de crise busca ações inovadoras para o aumento da competitividade, a gestão pública brasileira deveria fazer. Permitir um Brasil mais competitivo facilitará a recuperação econômica, uma vez que tal medida atrairá investimentos e irá gerar empregos. Na iniciativa privada, quando um profissional detém liderança e visão, quase que imediatamente acaba alçado para um posto de comando.
Contudo, no setor público a coisa não é bem assim. O funcionário público pode concentrar as principais características para exercer postos de chefia e liderança, mas tais vagas acabam direcionadas para apadrinhados políticos.
Muitos dos servidores desmotivados têm nesta falta de oportunidade de crescimento a razão pelo desânimo e desestímulo. A saída para qualquer situação requer inteligência e criatividade. São fatores que não podem ficar de fora nem da iniciativa privada e muito menos das gestões públicas.
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* Daniel Alonso é empresário, diretor da rede de lojas Casa Sol e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim)
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