Gastos com testes chegam a quase R$ 7,5 milhões e diárias de UTI, R$ 4,8 milhões. Maior repasse veio do SUS. Hospitais continuam com taxa de ocupação em UTIs em 100%.

Enquanto os marilienses com suspeita ou exames positivos para Covid-19 lotam as unidades especializadas de saúde e também os hospitais, uma das maiores polêmicas nas redes sociais é quanto aos gastos do Município relacionados à pandemia. Marília chegou nesta sexta-feira a 280 óbitos, com sete mortes somente hoje.

Hoje, a Prefeitura divulgou um balanço oficial das despesas que foram feitas até agora em virtude do novo coronavírus. Embora o Governo do Estado esteja fazendo a maior "propaganda" dos investimentos, até agora as maiores despesas vieram de recursos da União e do Município, ficando o Estado em terceiro lugar.

Foram gastos até agora R$ 33,1 milhões com o atendimento aos pacientes.

Desse total, R$ 33,1 milhões (93%) foram de repasses do governo federal, R$ 1,091 milhão de recursos do Município (3,29%), enquanto que do governo estadual as despesas até agora atingiram R$ 915 mil (2,76%).

Receitas

A Prefeitura de Marília ainda tem um saldo de R$ 8,7 milhões para investimentos no combate à Covid-19, de um total de R$ 41,8 milhões arrecadados.

Pelo balanço oficial, 83% dos recursos vieram através  do governo federal (R$ 37,4 milhões), 19% do Governo do Estado (R$ 4,3 milhões) e mais R$ 77 mil do Poder Judiciário (doações).

Taxa de ocupação

Em meio a toda polêmica, a maior preocupação é mesmo com a situação das pessoas infectadas com o novo coronavírus.

Nesta sexta-feira, a taxa de ocupação em UTIs (SUS e particulares) voltou a ser de 100%, ou seja, não há vagas em hospitais de Marília.

Com relação aos leitos clínicos, a situação não é muito diferente: nos três hospitais da ala SUS só haviam sede vagas no HC e uma no ABHU (Hospital Universitário), atingindo 90,3% de taxa de ocupação.

Nos leitos particulares, só restavam duas vagas na Santa Casa (95% de ocupação).

A Prefeitura anunciou que vai abrir leitos na UPA da zona norte e no PA Sul para atender pacientes que aguardam leitos nos hospitais.