E causou vítimas: um bebê de 30 dias morreu em um dos acidentes. Excesso de velocidade também preocupa.

A Terceira Companhia da Polícia Rodoviária Estadual, que envolve as regiões de Assis, Marília e Ourinhos, divulgou nesta terça-feira um balanço da Operação “Feriados – Semana Santa e Tiradentes. Uma das maiores preocupações é a falta do uso do cinto de segurança por motoristas e passageiros, principalmente bebês e crianças. Tanto que uma das vítimas fatais neste período foi um bebê de apenas 30 dias.

"O pai e a mãe, por mais que amem as crianças, eles não vão conseguir segurar a criança no caso de uma colisão frontal, como foi o caso desse bebê", observou o comandante, capitão Daniel Demétrio (confira a entrevista dele, em áudio, acima). Das 668 autuações realizadas neste período, 171 foram por não uso do cinto de segurança.

Outra infração grave e muito perigosa é quanto a motoristas dirigem embriagados, tanto que 91 deles foram flagrados por dirigir sob a influência de álcool.

Nesse período de feriados, 3.286 motoristas foram submetidos aos testes do etilômetro que é realizado tanto nas fiscalizações como no caso de acidentes.

O excesso de velocidade nas rodovias da região também foi outro destaque negativo. Seis multas ocorreram por ultrapassagens em locais proibidos, além de 2.974 imagens por excesso de velocidade.

Em um dos casos, uma moto foi flagrada a 203 km/h na SP-294, mais que o dobro do máximo permitido no trecho, "demonstrando que a imprudência dos motoristas ainda é elevada", lamentou o capitão Demétrio. 

Mortes nas rodovias

O comandante informou ainda que dos 14 acidentes ocorridos entre os dias 17 e 21 de abril todos foram com vítimas, o que mostra as circunstâncias violentas que ocorreram.

Três pessoas morreram em acidentes resultantes de colisões frontais (dois motoristas e o bebê de 30 dias), além de 27 pessoas feridas, das quais seis em estado grave.

O comandante da Polícia Rodoviária, capitão Daniel Demétrio (foto) encerrou a nota alertando os motoristas:

"Nota-se que a maioria dos sinistros poderiam ser evitados, considerando que as principais causas continuam relacionadas à conduta dos condutores dos veículos (imprudência, negligência ou imperícia), bem como o desrespeito as sinalizações de trânsito. Infelizmente constatamos um elevado número de condutores trafegando em excesso de velocidade e também sem a utilização do cinto de segurança. O consumo de bebida alcoólica também é elevado e continua a fazer vítimas, mesmo com um combate implacável".