Fechamento de escolas em SP divide especialistas. Em Marília, estudantes protestam

Quatro escolas de Marília terão ciclo único. Medida divide especialistas
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Em meio a protestos e insatisfação de alunos e professores, a Secretaria de Educação de São Paulo informou nesta semana que 94 escolas serão fechadas por causa do processo de reorganização da rede estadual. A estimativa é que 311 mil alunos tenham que mudar de escola no ano que vem. Além disso, outras 754 escolas passarão a ter ciclo único, sendo quatro em Marília (focadas em uma única faixa etária).

Nesta semana, estudantes marilienses fizeram um protesto pelas  ruas da cidade protestando contra essas mudanças. Uma das unidades de marília que terão alterações, a escola Sylvia Ribeiro de Carvalho, teve paralisação de aulas devido as manifestações dos estudantes.

Escolas em Marília que terão ciclo único

Segundo a secretaria, o objetivo é segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio), conforme o ciclo escolar, o que poderá melhorar o rendimento dos estudantes. Além disso, o governo pretende reorganizar a rede, cujo número de alunos diminuiu. Entre 1998 e 2014, as matrículas passaram de 6 milhões para 3,8 milhões.

Contra a medida, o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede que reúne mais de 200 organizações, Daniel Cara, diz que ainda há necessidade de aumentar o número de  matrículas e que as escolas poderiam ser usadas para ofertar por exemplo, um bom ensino noturno oua  Educação de Jovens e Adultos (EJA), nos períodos em que não estão sendo utilizadas, sem precisarem ser fechadas.

Manifestação de estudantes em Marília

Na opinião do jornalista e doutor em ciência política Leonardo Sakamoto, faltou diálogo com a população.

"O governo do estado deveria ter feito uma discussão mais aprofundada com a sociedade em torno de cada escola antes de proceder ao fechamento e reorganização. Ninguém, em sã consciência, é contra a reorganização, quando beneficia a educação, mas isso não pode ser feito de cima para baixo", afirmou.

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