Estudo da Unesp prevê pandemia mais forte no interior em três semanas

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Material mostra que municípios maiores são importantes para deter o avanço da disseminação da COVID-19

Uma pesquisa sobre a disseminação do novo coronavírus feita por pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Presidente Prudente e Botucatu mostra que os casos da COVID-19 no interior paulista estão três semanas atrás dos números registrados na capital e em regiões metropolitanas como Campinas, Sorocaba e Baixada Santista.

"Graças ao isolamento feito em São Paulo, as cidades do interior estão três semanas atrás no número de casos. Então não é hora de relaxar a quarentena. Estamos vivendo a maior calamidade pública desde a gripe espanhola", diz o professor Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza, da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu e integrante do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo.

Ele explica que cidades maiores têm uma maior responsabilidade, que é proteger as cidades pequenas da disseminação da COVID-19.

"Municípios como Bauru, Araraquara, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, entre outras, são importantes para deter o avanço do vírus", afirmou o professor.

Estrutura hospitalar

Fortaleza ressalta que o oeste paulista tem o maior número de idosos do Estado. Segundo o professor titular Raul Borges Guimarães, do departamento de Geografia da Unesp em Presidente Prudente, se por um lado a capital concentra mais da metade dos casos da COVID-19 no Estado, por outro o interior enfrenta outro tipo de problema: menos acesso a hospitais e equipamentos.

Pesquisas estão em desenvolvimento sobre a atual situação da disseminação do novo coronavírus. Uma delas se concentra na análise de dados de redes sociais, e a outra na análise de dados de rumores. Em redes como o Twitter, a análise de postagens pode ajudar a encontrar possíveis novos focos de disseminação de COVID-19.

O mapeamento dos dados oficiais é um trabalho que envolve a checagem das bases de informação e elaboração de representações cartográficas tecnicamente mais adequadas.

Os tuítes são selecionados e analisados diariamente de acordo com a relevância para ajudar na busca por focos de contaminação, assim como os mapas temáticos permitem visualizar a distribuição espacial dos dados de localização das postagens.

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