O engraxate Joaquim Pereira, de 26 anos, pagou a faculdade de direito limpando e lustrando sapatos de juízes em Goiânia.
Depois de tentar seis vezes, Joaquim passou na prova da OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, mas disse que vai continuar como engraxate até dezembro, quando vai aposentar a caixa de engraxar e se dedicar exclusivamente a advocacia.
Joaquim sempre teve o sonho de fazer faculdade. “Meu pai e minha mãe, embora não tenham curso superior, sempre me incentivaram a estudar, ter sonho. Se você tiver sonho, um ideal, um objetivo, você pode conseguir qualquer coisa”, disse o engraxate.
Com sua simpatia e abordagem especial, o rapaz conquistou uma clientela fixa. De R$ 20 por dia, no início, ele passou a faturar até R$ 100 diariamente.
Depois de um ano atendendo na Praça Cívica, onde está o Centro Administrativo do Governo de Goiás, Joaquim decidiu que entraria para uma faculdade de direito. O jovem comenta que não foi uma decisão fácil, pois teve medo de ser rejeitado. “Tive medo da reação dos meus amigos e dos colegas”, diz.
Este mês Joaquim foi homenageado por um escritório de advocacia em que ele tinha vários clientes e recebeu uma placa elogiando sua determinação.
“Mais que uma bela história de vida, de lutas e de vitórias, é através do seu exemplo de amor ao trabalho e imensa capacidade de superação que o qualifica não só como advogado, mas a um guerreiro que nos orgulha e nos enche de esperança”.
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