Duas empregadas domésticas, de 50 e 40 anos, respectivamente, foram mantidas em cárcere privado por cerca de três horas pelo próprio patrão, no sítio de psicultura onde trabalhavam, aqui em Marília.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, as vítimas teriam sido impedidas de deixar a casa, e humilhadas pelo patrão, um empresário de 61 anos. Os dois filhos do acusado também teriam participado da ação. De acordo com as vítimas, os patrões alegavam que elas teriam furtado R$ 455,00. Diante das respostas negativas das domésticas, o empresário, com uma arma de fogo, teria começado a proferir uma série de ameaças.
Por cerca de três horas, as mulheres foram mantidas presas no interior da casa localizada no sítio, que fica às margens da SP-294. Ainda, elas teriam sido proibidas de utilizar telefone celular para chamar a polícia,. Elas foram separadas, numa tentativa que obrigar que uma incriminasse a outra, o que não ocorreu. De forma humilhante, durante o período em que permaneceram encarceradas, as vítimas foram obrigadas a utilizar o banheiro com a porta aberta, sob vigilancia da família.
Quando não localizaram de nenhuma maneira o dinheiro que havia desaparecido, e não existiam provas para acusar as domésticas, os filhos do empresário libertaram as vítimas, sob ameaça de que iriam destruír a reputação das mesmas, de forma que nunca mais conseguissem emprego.
O empresário também compareceu ao plantão policial, registrando o furto, que segundo ele teria ocorrido entre os dias 01/03/2015 e 08/09/2015. A Polícia Civil irá investigar o caso. Os nomes dos envolvidos no caso foram censurados.
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