Ele é acusado de fornecer aeronaves para o tráfico. Na sua propriedade foi descoberta até uma pista clandestina.
Um conhecido empresário ligado ao segmento de aviação agrícola, que atua nas cidades de Garça e Vera Cruz, foi um dos presos nesta quinta-feira, pela Polícia Federal, durante a Operação Red Flag, uma das maiores ações recentes de combate ao tráfico de drogas por via aérea no país. A investigação revelou um esquema milionário com ramificações em quatro estados (São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso) e envolvimento de empresários e pilotos da aviação privada.
A operação é coordenada pela Delegacia da PF em Araçatuba e conta com a participação de equipes da Delegacia de Marília que estão fazendo diligências em Vera Cruz e Garça. O Visão Notícias obteve informação de que na propriedade do empresário teria sido descoberta inclusive uma pista clandestina, além da apreensão de armas. Ele seria um dos "braços" da organização criminosa, fornecendo aviões para o transporte de drogas.
Ao todo, são 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão preventiva e um de prisão temporária. A operação mobiliza dezenas de agentes federais nas cidades de Araçatuba, Birigui, Vera Cruz, Catanduva e Garça; Curitiba, Londrina e Toledo (PR); Aral Moreira e Campo Grande (MS); e Colíder (MT).
Como funcionava o esquema
As apurações começaram há cerca de um ano, após a PF identificar um piloto da região de Araçatuba que estaria transportando drogas em aeronaves adaptadas.
Os aviões, segundo as investigações, eram preparados em oficinas e hangares de Birigui, de onde decolavam carregados com grandes quantidades de cocaína destinadas a outros estados.
A organização criminosa possuía uma estrutura complexa e hierarquizada, com núcleos voltados à logística aérea e terrestre, à lavagem de dinheiro e à ocultação de patrimônio. Em uma única remessa, no fim de 2024, o grupo chegou a transportar quase uma tonelada de cocaína em aeronaves agrícolas no interior do Paraná.
As investigações financeiras apontam movimentações superiores a R$ 160 milhões, envolvendo contas de pessoas físicas, empresas e laranjas. Os investigados mantinham vida de luxo, com propriedades rurais, imóveis de alto padrão, veículos, embarcações e aeronaves adquiridos com recursos ilícitos. Com informações Folha da Região.

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