O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi assassinado durante a madrugada desta quarta-feira. Um grupo de homens armados teria invadido a residência oficial no bairro de Pelerin, em Porto Príncipe, atirando no presidente e na primeira-dama, Martine, que foi internada.
O primeiro-ministro Claude Joseph disse que está no comando do país e pediu calma à população após o ato "desumano e bárbaro", afirmando que a polícia e o Exército já tem o controle da situação.
O incidente, contudo, acentua ainda mais a grave instabilidade política que piorou há seis meses, quando Moïse decidiu se manter no poder, alegando que o seu mandato de cinco anos acabaria apenas em 2022, e remarcando as eleições legislativas para setembro.
A violência no país, de acordo com as Nações Unidas, atingiu "níveis sem precendentes", em meio ao vazio político: na semana passada, em um ataque coordenado, pelo menos 20 pessoas, entre elas importantes figuras da oposição, foram mortas em Porto Príncipe.
Agravando ainda mais a situação, o país não vacinou até agora nenhum de seus 11,26 milhões de habitantes contra a Covid-19.
Um relatório do Unicef (Fundo da ONU para a Infância) estima que existam hoje 95 gangues armadas que controlam grandes territórios da capital, ou cerca de um terço de Porto Príncipe.
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