Somente nas duas primeiras semanas de setembro de 2020, o bioma teve 5.324 focos de calor, o equivalente a 53% das 10 mil queimadas registradas no Pantanal no ano passado.
Dos 15 milhões de hectares do Pantanal, estima-se que quase 3 milhões - o equivalente a 19,3% - já tenham sido queimados pelo fogo. Nos dois dias seguintes, 16 e 17 de setembro, foram mais 279 novos focos de queimadas, fazendo com que o mês chegasse a 5.603 pontos de calor, número quase três vezes acima da média para o mês.
Na comparação com o mesmo período de 2019, o aumento das queimadas nos 17 dias de setembro é de 170%. De 1º a 17 de setembro do ano passado, o Pantanal teve 2.068 focos de incêndio.

Até então, os meses com mais queimadas no bioma são setembro de 2007 (5.498), pelo ritmo diário de registro de fogo, setembro de 2020 será com folga o mês com o maior número de queimadas já registrado em toda a história.
O diretor-executivo do Instituto SOS Pantanal, Felipe Augusto Dias, afirma nunca ter visto antes um avanço tão crítico das queimadas sob o bioma. “Antes, os focos eram espalhados, não eram concentrados. Mas agora não, nunca tinha visto queimadas nessa proporção”.

MATO GROSSO CONCENTRA OS FOCOS
O bioma é dividido entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que possuem 65% e 35% de seu território, respectivamente. Os dois estados decretarem estado de emergência em decorrências dos incêndios.
.jpg)
Mato Grosso concentra, em 2020, 88,3% dos focos de queimadas no Pantanal registrados para o mês de setembro.

Siga o Visão Notícias no Instagram https://www.instagram.com/visaonoticias_/?hl=pt-br
Envie-nos sugestões de matérias: (14) 99688-7288





