Uma comerciante de 52 anos, dona de um ferro-velho em Marília, foi presa por policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG) acusada de tentar revender mais de 200 quilos de  fios de cobre que haviam sido furtados da CPFL. Ela foi autuada em flagrante por receptação e permaneceu à disposição da justiça.

A apreensão ocorreu quase que por acaso. Um investigador foi até ao estabelecimento dela, no bairro Jóquei Clube, na zona sul da cidade, para lhe entregar uma intimação para ser ouvida em um inquérito. Mas, o policial civil achou estranho que havia uma caminhonete parada em frente ao ferro-velho com uma grande carga na caçamba.

Ele decidiu vistoriar a tal carga e constatou que era de fios de cobre que haviam sido queimados. Por isso, ele pediu reforço para que fosse feita uma vistoria completa pelo local. No total, foram apreendidos  211 quilos de fios de cobre queimado e outros fragmentos de peças. Um funcionário da CPFL foi acionado e identificou o material como sendo da empresa que havia sido furtado.

Iria revender...

A comerciante confessou aos investigadores que todo o material apreendido na caminhonete estaria sendo transportado para venda à uma pessoa em Vera Cruz que compra tais materiais. Ele  será intimado a prestar depoimento e também poderá ser indiciado pelo crime de receptação (artigo 180 do Código Penal).

O que é este crime?

O crime de receptação, previsto no artigo 180 do Código Penal, ocorre quando alguém adquire, recebe, transporta, oculta ou de qualquer forma facilita a circulação de um bem que sabe ser produto de crime.

É um crime contra o patrimônio que pune aqueles que se beneficiam ou auxiliam na manutenção de bens obtidos ilicitamente. A pena pode chegar a quatro anos de prisão.