A dívida acumulada de contribuintes nos últimos cinco anos no comércio de Marília chega a R$ 14,8 milhões, informou esta semana a Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim). “Desde março estamos na marca dos R$ 14 milhões, ou seja, muito dinheiro parado que certamente está prejudicando o comércio em geral”, afirmou o vice presidente, Adriano Luiz Martins.

A estatística é com base no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Acim. No comparativo mensal houve uma diminuição de (-) 0,26% referente ao mês de junho, considerado até então com o maior índice do valor da inadimplência acumulada, que chegou a R$ 14.887.585,45.

“Isto quer dizer que consumidores estão em débito com algumas lojas da cidade e que o comerciante ficou sem o dinheiro e sem a mercadoria”, comentou Adriano Luiz Martins ao apontar o comerciante como o maior prejudicado. “O consumidor ficou com o produto e não pagou”, disse.

“O comerciante ficou sem o produto e sem o dinheiro correspondente”, acrescentou ao sugerir a negociação em qualquer nível. “Sem o dinheiro é que não pode ficar”, opinou. “Qualquer que seja o acordo é melhor receber algo do que ficar sem receber”, acrescentou.

SEM VALIDADE - Nos números apresentados na estatística do SCPC, a dívida é de no máximo cinco anos. Depois disso, é desconsiderada, perdendo a validade judicial de cobrança. No mês de julho estiveram registrados 28.138 devedores cadastrados, proporcionando 54.290 dívidas. Na média equivale a R$ 528,00 por devedor ou então R$ 274,00 por dívida.

MULHERES - Dentre os débitos acumulados nos últimos cinco anos o sexo feminino é o que mais contraiu dívidas, sendo 12.652 registros, diante dos 8.016 registros do sexo masculino, numa faixa etária (ambos) entre 30 e 35 anos de idade. No mês de julho deste ano, por exemplo, foram 633 dívidas entre as mulheres e 404 entre os homens.