Subir as escadas. Sentar no chão. Cruzar as pernas. Deitar. Essas atividades cotidianas são simples para a maioria das pessoas, mas eram verdadeiros desafios para Stefany da Silva Liberal, 27 anos. Não bastasse isso, a publicitária tinha que encarar os olhares e o preconceito das pessoas por estar acima do peso. Com 1,67 metros de altura, ela chegou a pesar 113 kg.
“As pessoas sempre te olham com olhares de julgamento. Quando eu percebi todas essas comorbidades, já estava num nível de muita tristeza, quase de depressão, o que foi fazendo eu me afastar de todos. A minha família percebeu o meu sofrimento e eu fui em busca de todos os tratamentos”, lembra.
Stefany, que também é empresária, já estava com a obesidade em um estágio tão acentuado que foi necessária a cirurgia bariátrica para redução do peso. Ela conta que a doença progrediu por oito anos e que, além da má alimentação e sedentarismo, ela conta que outro fator contribuiu para que ela chegasse à obesidade: a falta de informação.
“Falta mais informação sobre [a obesidade]. Quem quer e precisa de ajuda para sair da obesidade tem muita dificuldade para ter acesso aos detalhes”, avalia.
Hoje, Stefany pesa 64 kg e também trabalha como influencer digital. Ela tem cerca de 63 mil seguidores e aproveita para disseminar boas dicas de saúde.
Informação
Estudo mostra que 68% das pessoas com a doença gostariam que os profissionais de saúde iniciassem conversas sobre o controle de peso durante as consultas.
Ainda segundo o estudo, oito em cada dez pessoas com obesidade acreditam que perder peso é sua responsabilidade individual e passam anos tentando emagrecer antes de procurar um profissional de saúde.
A desinformação atinge, também, as pessoas que convivem ao redor, uma vez que a obesidade costuma ser relacionada tão somente a desleixo alimentar e sedentarismo, o que não é verdade.
Existem, também, fatores genéticos, ter metabolismo mais lento ou alterações hormonais, sedentarismo, ingestão maior de alimentos mais calóricos, uso de certas medicações. Até mesmo fatores psicológicos podem desencadear o excesso de peso.
Complicações
Pacientes com obesidade têm 113% mais chances de serem hospitalizados quando infectados pelo vírus. No entanto, a doença também pode anteceder inúmeras complicações como doenças cardiovasculares, apneia do sono, gordura no fígado, colesterol alto, hipertensão, depressão, lesões articulares, entre outras.
As consequências do excesso de peso vão muito além da estética, pois traz problemas de saúde e de sociabilidade, inclusive afetando a produtividade no ambiente de trabalho.

Tratamento
Assim como as causas são multifatoriais, o tratamento para a obesidade pode ter vários caminhos. Dieta e exercício físico é a base para qualquer pessoa com sobrepeso ou obesidade independente de utilizar medicação ou mesmo cirurgia para o tratamento da obesidade.
Nos casos mais avançados, isto é, em que o Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou maior que 35 com comorbidade associada ou igual ou maior de 40, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a cirurgia bariátrica (redução de estômago).
No entanto, não existe receita mágica. Cada pessoa deve buscar ajuda para entender o melhor tratamento para si. Procure um profissional que tenha conhecimento para tratar obesidade.
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