O delegado acusado de atirar quatro vezes na saída de uma festa do peão em Promissão (a 90 km de Marília), causando a morte da adolescente Katrina Bormio Silva Martins, de 16 anos, irá a júri popular. A decisão é da justiça, mas por enquanto ele responde pelo crime em liberdade.
A Justiça pronunciou o delegado Vinícius Martinez pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (com perigo comum e uso de recurso que dificultou a defesa da ofendida), com dolo eventual (em relação a vítima) e por disparo de arma de fogo (três vezes) em local habitado.
Entenda o caso
O caso ocorreu em agosto do ano passado. O delegado que na época morava em Marília e era responsável pela DIG de Lins, estava na festa quando teria atirado quatro vezes durante uma abordagem da Polícia Militar que acontecia de forma controlada. Um dos projéteis atingiu a adolescente (foto), que aguardava o pai em uma esquina próxima ao evento.
Na ocasião, por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o autor do disparo, o delegado Vinícius Martinez, tentava deter um suspeito de desacato a policiais militares. Ele chegou a ser preso em flagrante pela Corregedoria da Policia Civil de Bauru, mas acabou liberado em audiência de custódia.
De acordo com o promotor de Justiça Ely Bernal, os disparos ocorreram em área de aglomeração, ressaltando que o acusado estava sob efeito de bebidas alcoólicas, assumindo o risco de matar alguém.
Cumprimento do dever legal
Em nota, a defesa do delegado sustenta que Vinícius Martinez atuava no estrito cumprimento do dever legal. “Em relação à sentença que, neste momento, reconheceu a possibilidade de dolo eventual no trágico episódio que vitimou a menina Katrina, a defesa, embora respeite a decisão judicial, discorda da interpretação adotada”, e que pretende conseguir a sua absolvição, diz a nota.
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