Da euforia ao silêncio: familiares se chocam em reencontro com presos

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Após um ano e três meses, as visitas presenciais a pessoas privadas de liberdade voltaram a ocorrer no último mês nos 178 presídios paulistas. Os encontros, suspensos em março do ano passado em razão do aumento do número de casos de covid-19, ocorriam em videochamadas de cinco minutos.

choque com as condições físicas dos familiares privados de liberdade ocorre em decorrências das mudanças adotadas pelas unidades durante o período da pandemia do coronavírus.

No período de visitas virtuais, os presos não recebiam o jumbo, conjunto de itens de alimentação e higiene preparado pelos familiares e levado nos dias de visita. Durante os meses de suspensão de encontros presenciais, os produtos foram enviados pelo correio e, muitas vezes, demoravam mais do que o previsto para chegarem aos presos.

O coordenador do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo, Thiago de Luna Cury, afirma que o período sem visitas presenciais foi visto com preocupação pelo órgão.

“As visitas servem para que eventuais abusos e ilegalidades saiam dos muros das prisões e cheguem a conhecimento público”, disse. “São cenários de guerra, repletas de enfermidades em um nível de gravidade que só se vê dentro das cadeias.”

Com a retomada das visitas presenciais, as videochamadas foram extintas e aqueles que não podem se deslocar fisicamente são instruídos a se corresponder por e-mail. Entretanto, Cury afirma que o ideal seria manter as duas formas de visitação para atender, sobretudo, idosos e pessoas dos grupos de riscos. 

Uma das principais reivindicações de familiares de pessoas presas é a celeridade da vacinação.

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