Crianças morrem eletrocutadas: pais falam sobre a tragédia

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Desde o acidente, o casal ainda não voltou para casa.

 

Uma mistura de dor e lembranças. É como os pais das três crianças que morreram eletrocutadas no município de Petrolândia, no Vale do Itajaí, descrevem os últimos dias.

 

Desde que aconteceu o acidente, no dia 6 de novembro, eles ainda não voltaram para casa e têm ficado em residências de parentes.

 

"Eu não consegui ir na minha casa. Eu estou na minha mãe ou na casa da minha cunhada. Não sei como vai ser ainda. A gente não quer entender, mas, talvez, um não ia aguentar sem o outro, porque eles eram muito unidos, muito grudados", contou Carla Medeiros, mãe de Igor, de 4 anos, Vinícius, 6, e Schaiani, 14.

 

Os três irmãos morreram eletrocutados ao encostarem em um fio desemcapado no sítio da família.

 

Enquanto brincava, o caçula Igor levou um choque. Vinícius, o do meio, também foi atingido. Ao ver a cena, Schaiani se aproximou para ajudar e também morreu.

 

Amor de mãe
De acordo com o pai Marcelo, a garota cuidava dos irmãos como se fossem filhos dela. "Ela era muito dedicada, se algo acontecesse com os irmãos, ela se jogaria na frente primeiro. "E foi isso que aconteceu, né? Ela tentou salvar eles".

 

Nas redes sociais, Schaiani declarava seu amor pelos irmãos mais novos. Em uma foto, ao lado do caçula, ela deixou um recado. "É impressão minha ou metade do meu peito mora em você? Se o mal chegar, entro na frente para te proteger".

 

 

Na bíblia que Schaiani carregava para todos os lados, os pais encontraram trechos destacados com caneta. "Eu penso que ela estava deixando preparado para a gente. Talvez para consolar a gente agora, porque ela foi deixando tudo separado, tudo arrumado", comentou a mãe.

 

Luto na escola
Aos poucos, os corredores do Colégio onde a menina estudava, voltam a ter movimento. No entanto, a sensação ainda é de vazio.

 

A ausência da aluna exemplar tem sido muito sentida na escola. "A gente chega na aula e fica olhando para o lugar dela e pensando que a gente nunca mais vai ver ela ali", afirmou uma das colegas.

 

Fonte G1

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