As provas de um concurso público para diversos cargos, da Prefeitura de Mariápolis (a 160 km de Marília), que seriam realizadas neste domingo (8) foram marcadas por tumulto e suspeita de fraude. O flagrante de suspeita de fraude foi realizado na sala de aula da escola Nelson Magnani, onde era aplicada a prova ao cargo de advogado.

Segundo relato de candidatos ouvidos pelo SIGA MAIS, e que estavam na sala onde era aplicada a prova, um dos candidatos estaria portando um gabarito preenchido, e sua conduta e movimentação foram percebidas pela turma.

A abordagem mais direta foi realizada por uma candidata que estava sentada na carteira imediatamente atrás, que teria presenciado o gabarito preenchido, alertando toda a sala. A fiscal que atuava na sala foi até ao candidato e recolheu o gabarito.

Candidatos do lado de fora do local das provas.

Os candidatos exigiram que o gabarito suspeito fosse mostrado para toda a sala, o que não foi feito pela fiscal, devolvendo a anotação ao candidato. Ao final, e em meio ao tumulto na sala, o gabarito do candidato estaria com todos os campos preenchidos, na tentativa de evitar a identificação e caracterização da fraude.

A situação levou os candidatos a procurarem a Polícia Militar para denunciar o caso, o que deve ter novos encaminhamentos junto à Polícia Civil, que deve instaurar inquérito para apurar as denúncias, buscando a responsabilização dos organizadores.

O concurso realizado está previsto no Edital Nº. 001/2016, com vagas para clínico geral, pediatra e ortopedista, advogado, engenheiro agrônomo, professor de inglês no ensino fundamental, professores de creche e educação física, motorista, pedreiro, digitador de computador, fisioterapeuta, servente, atendente de enfermagem, ajudante geral, escriturário e fiscal de serviços.

Para a realização do concurso, a Prefeitura de Mariápolis contratou a empresa Multigestão Consultoria Ltda, sediada em Platina, na região de Assis.

Apuração - O prefeito de Mariápolis, Ismael Calori, disse que tomou conhecimento do caso e vai aguardar que a Prefeitura de Mariápolis seja notificada, para assim avaliar o caso e as medidas que devam ser adotadas. Fonte: Siga Mais