Comércio precisa de incentivos e medidas para atrair mais consumidores

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No domingo, em comemoração ao Dia dos Pais, o comércio de Marília se preparou para atender os consumidores que foram até as lojas e shoppings para comprar os presentes. Para o empresário e conselheiro do Marília Shopping, Mateus Del Hoyo, o Mateus da K2, faltam incentivos e medidas do Poder Público, para devolver a Marília a posição de referência regional em compras e serviços.

“A cidade está cercada de pedágios, recebeu a instalação de radares que são verdadeiras armadilhas e tem um sistema de Zona Azul que mais penaliza o consumidor do que ajuda no estacionamento”, destacou.

Segundo o empresário, que é pré-candidato a vereador, algumas iniciativas podem minimizar esses problemas e incentivar os consumidores da região a visitarem Marília. “Algumas medidas podem ser adotadas pela própria Acim (Associação Comercial e de Inovação de Marília), com campanhas promocionais que possam devolver o valor dos pedágios às pessoas. Seja na forma de desconto nas compras, bonificação do valor e outras iniciativas. Os próprios lojistas podem pensar nisso e promover estas medidas”, apontou.

Mateus entende ainda que a Câmara Municipal também tem um papel importante nessa questão. Segundo ele, os parlamentares têm o dever constitucional de fiscalizar o prefeito, mas também de fazer leis:

“Dessa forma, poderia instituir uma legislação que pudesse dar algum incentivo ao comércio, como o fechamento da rua São Luiz para o trânsito de veículos, como acontece nos finais de ano, para que o ato de fazer compras pudesse se transformar em um dia de passeio da família, com brinquedos para as crianças”.

Especulação imobiliária

O alto valor dos alugueis e a falta de sensibilidade de alguns empresários também foi questionado por Mateus da K2. Segundo ele, algumas lojas estão fechando as portas ou deixando de se instalar em vias centrais ou até mesmo de bairros na periferia devido ao preço dos aluguéis.

“Eu estive recentemente com o gerente da Cybelar, Robson Gallo, que relatou o motivo de fechamento da loja e apontou o preço do aluguel uma das causas. Eu tenho vários imóveis e nenhum desocupado. Isso porque eu penso no lojista, se ele fecha eu fico com o imóvel vazio e gerando despesa. Quando eu reduzo o preço do aluguel, eu permito a ele sobreviver e manter a loja”, lembrou.

Diante do quadro, Mateus da K2 entende que é preciso fazer uma reflexão sobre estas questões, para fortalecer novamente o comércio.

“A saída é simples. Todos deveriam se unir em torno do comércio, que é um dos nossos pontos fortes. Precisamos também exigir da Prefeitura de Marília, maior agilidade na emissão dos alvarás, das autorizações para início das obras. Nós tivemos um exemplo, de uma loja de material de construção, que levou anos para se instalar, porque a prefeitura atrapalhou o processo. Isso não pode acontecer”, ressaltou Mateus.

Exemplo nos momentos de crise

O conselheiro do Marília Shopping lembrou ainda do papel fundamental que ele, como representante do comércio de Marília, teve durante a pandemia de Covid 19. As lojas foram obrigadas a fechar, por conta do risco de contaminação, mas lojistas e trabalhadores precisavam sobreviver, para manter as empresas abertas e os empregos.

“Foi um momento em que precisamos abrir mão de algumas coisas, para que toda a sociedade se mantivesse forte. No caso do Marília Shopping (e eu fiz isso também com meus imóveis nas ruas) reduzimos o valor do condomínio para 40% e eu não cobrei o aluguel. Se eu ajudo meu inquilino, eu estou me ajudando. Um prédio fechado, em um shopping, é custo. Tenho de pagar o condomínio todo mês”, lembrou.

Ele destacou ainda que foram criadas estratégias para garantir o mínimo das vendas e a sobrevivência dos lojistas. "Fizemos as vendas com entrega em domicílio, com entrega no pátio do shopping respeitando as regras sanitárias e até mesmo as vendas online", disse. E por falar em normas da saúde, Mateus da K2 lembrou que até mesmo as igrejas foram impedidas de fazer cultos.

Por isso ele, como presidente do Conselho do Marília Shopping, ao ser procurado pela direção da PIB (Primeira Igreja Batista), cedeu o espaço do shopping, no estacionamento, para que os custos fossem feitos com as pessoas em seus carros, ouvindo o pastor pelo rádio.

Superado esse momento sanitário crítico, em que todos passaram medo com a doença, com o desemprego e com o futuro, que era incerto, hoje Mateus avalia que foram adotadas as medidas certas para a ocasião:

“Me lembro das reuniões envolvendo os representantes dos hospitais, da Secretaria da Saúde, dos supermercados e do comércio em geral. Todos muito preocupados e até acreditando que seria uma crise passageira, mas não foi e isso mostrou que unidos, podemos fazer o melhor pela cidade”.

 
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