Com 173 casos confirmados desde o começo de janeiro e três mortes aguardando resultados de exames laboratoriais que irão confirmar se foram vítimas da dengue, em Tupã (a 75 km de Marília) o esforço dos agentes de saúde é tanto que eles chegam a percorrer até quase 100 km por mês visitando os imóveis para fazer o controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. No ano passado, Tupã teve 1.065 casos conformados, com duas mortes.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, somente em janeiro, as visitas casa a casa abrangeram 3.434 domicílios, quantidade superior ao número total de residências de muitas cidades de nossa região. E este volume impressionante se repete na quantidade de controle de criadouros, com 2.608 visitas, e de nebulização casa a casa (2.306 imóveis).

Foram pulverizados 5.338 imóveis com inseticida botânico que, por ter um princípio ativo extraído de plantas, é inofensivo aos seres humanos e animais domésticos, mas letal ao mosquito.

O trabalho de pulverização noturna, por exemplo, consumiu 10 litros de inseticida botânico, investimento, apenas neste produto, de quase R$ 10 mil. Para fazer a aspersão, foi necessário percorrer 94 quilômetros pelas ruas da cidade, o equivalente à distância entre Tupã e Birigui. As pulverizações consumiram também 24 litros de inseticida químico.