Com 100% de ocupação, famílias de Marília lutam por vagas na UTI

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Nas últimas semanas, situação tem sido dramática. Após apelo dramático da família, comerciante consegue vaga em Adamantina. Só hoje foram mais 12 mortes.

 

A situação é de uma verdadeira guerra. Quem vai sobreviver e quem será sacrificado. Marília vive nas últimas semanas uma situação dramática em virtude da falta de leitos de UTI, tanto SUS quanto particulares, de pacientes que foram diagnosticados com a Covid-19. Somente nesta quarta-feira, foram confirmadas mais 12 mortes na cidade.

Nesta tarde, a Secretaria Municipal da Saúde informou que diariamente entre 8 a 10 pessoas estão em casa aguardando por uma vaga tanto em UTI como também em leitos de enfermaria. Toda essa situação tem um só motivo: os hospitais estão com taxa de 100% de ocupação há algumas semanas.

Matéria atualizada às 20h25

Toda essa situação é um verdadeiro desespero para as famílias. Tanto que o portal Visão Notícias tem recebido mensagens pedindo ajuda para conseguir um leito disponível para aquelas pessoas que estão passando por sintomas mais graves do novo coronavírus.

Apelo pela vida

É o caso, por exemplo, do comerciante Paulo José Pereira, de 63 anos, dono da sorveteria Alaska, na zona sul da cidade.

A família publicou um apelo dramático nas redes sociais por uma vaga de UTI. Tentaram de todas as maneiras nos hospitais da cidade, mas a resposta é sempre a mesma: tudo está lotado.

Ele está internado desde sábado no PA Sul. Os familiares informaram que, após uma semana de diagnóstico positivo da Covid-19, no sábado "Paulinho" (como é carinhosamente conhecido) teve uma crise e foi levado para o PA Sul.

À noite, diante da gravidade do caso, os médicos decidiram entubá-lo e haveria necessidade urgente de uma vaga em Unidade de Tratamento Intensivo.

A família informou que já fez de tudo, mas até agora sem sucesso. Paulo sofre de diabetes e recentemente foi operado de um câncer. Com plaquetas baixas, a única saída é mesmo um leito de UTI.

"... Ele não pode ficar lá mais um dia, eu imploro pela ajuda de vcs", foi a mensagem do filho do comerciante, Marcelo Martins Pereira, nas redes sociais, endereçada às autoridades médicas e políticos.

Finalmente a vaga - Nesta noite, a família do comerciante entrou em contato com o Visão Notícias informando que, após quatro dias de muita angústia, finalmente foi conquistada a tão esperada vaga de UTI para o comerciante, mas na cidade de Adamantina.

Ambulância UTI na frente do PA Sul aguardando para transferir o comerciante.

A transferência ocorreu hoje mesmo, numa UTI Móvel requisitada pela Secretaria Municipal da Saúde. A família agradeceu toda mobilização e agora inicia mais uma etapa: a recuperação de Paulinho.

Situação dramática

Mas, o caso do comerciante Paulo José Pereira é apenas mais um entre muitos mariliense diagnosticados com a Covid-19 e que estão sofrendo os sintomas mais graves da doença.

"Sobre quantas pessoas aguardam vagas em UTI, a secretaria da Saúde informa que em média entre PA e UPA temos de 10 a 8 pessoas em casa local esperando leito de UTI e leito de enfermaria diariamente. Os números não são exatos, pois eles mudam ao decorrer do dia com frequência", diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.

Acrescentou ainda que "as vagas de UTI são liberadas pela CROSS (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde) de responsabilidade do Governo Estadual e que enquanto o paciente aguarda o leito, ele fica sendo assistido, monitorado e medicado todo o tempo (entubado com respirador) pelo profissionais da UPA ou Pronto Atendimento".

 

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