Centro de paraquedismo em Boituva tem atividades suspensas após quatro mortes

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Depois de registrar quatro mortes neste ano, o Centro Nacional de Paraquedismo, referência internacional para esse esporte, suspendeu as atividades por tempo indeterminado, em Boituva. A medida foi anunciada depois que a Justiça determinou a paralisação do lançamento de paraquedistas sobre as áreas urbanas.

No dia 19, o aluno de paraquedismo Andrius Jamaico Pantaleão, de 38 anos, morreu após cair sobre o telhado de uma casa. Desde janeiro deste ano, houve quatro mortes por acidentes envolvendo paraquedistas em Boituva.

O presidente da Confederação Brasileira de Paraquedismo, Uellinton Mendes, disse esperar que a medida seja temporária. Segundo ele, apesar de a proibição judicial ser somente sobre saltos no trecho urbano no município, foram suspensas todas as atividades, "tendo em vista a necessidade de complexa readequação da operação de paraquedismo com as aeronaves, pilotos, escolas e instrutores".

A decisão da Justiça de Boituva foi dada em representação judicial feita pela Polícia Civil. Conforme o delegado Emerson Jesus Martins, os saltos sobre a área urbana e a malha viária, podem acarretar novas mortes. Foi estipulada multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento da medida. 

 

Em reunião na tarde desta segunda-feira (25), a Confederação Nacional de Paraquedismo – que mantém o CNP (Centro Nacional de Paraquedismo) –, a prefeitura e a Associação dos Paraquedistas de Boituva decidiram entrar com pedido de reconsideração da medida judicial que implicou a suspensão das atividades do CNP. 

De acordo com Uellinton Mendes, o fechamento acontece às vésperas do maior Campeonato Brasileiro de Paraquedismo, realizado pela CBOQ (Confederação Brasileira de Paraquedismo), com 96 inscritos, que tem início nesta terça-feira (26), em Piracicaba.

Segundo ele, 300 famílias dependem diretamente das atividades que envolvem o paraquedismo. "Se não reabrir logo, elas vão passar necessidades", afirmou.

Mendes disse concordar que é preciso trabalhar com o máximo de segurança, mas lembrou que os acidentes com paraquedistas nem chegam perto do número de mortes em acidentes automobilísticos ou em assaltos. 

(Fotos: www.itinerariodeviagem.com

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